Índice FipeZAP+ acompanha a variação de aluguéis em 25 cidades brasileiras. São Paulo é a capital com o metro quadrado mais caro. Preço médio do aluguel residencial sobe quase 16% em um ano, maior alta desde 2011
Diogo Moreira/Divulgação Governo de São Paulo
O preço médio dos aluguéis residenciais subiu quase 16% ao longo dos 12 meses encerrados em setembro, segundo dados do índice FipeZAP+ de Locação Residencial divulgados nesta terça-feira (18). É a maior alta para o período de um ano desde dezembro de 2011, quando foi registrado avanço de 17,30%.
A variação, de 15,95%, é superior à inflação no período, de 7,17%, considerando dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Fica acima também do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que acumula alta de 8,25%.
O índice FipeZAP+ segue, no entanto, uma tendência de desaceleração mensal. O avanço nos preços dos aluguéis foi de 1,08% em setembro, abaixo dos cinco meses anteriores: abril (+1,84%), maio (+1,70%), junho (+1,58%), julho (+1,37%) e agosto (+1,30%).
Quando analisado o balanço parcial de 2022, de janeiro a setembro, o avanço no preço dos aluguéis também ficou acima da inflação. A alta acumulada é de 13,64%, enquanto o IPCA avançou 4,09% e o IGP-M, 6,61%.
O Índice FipeZAP+ de Locação Residencial monitora a variação do preço médio de aluguel de apartamentos prontos em 25 cidades brasileiras – entre elas, 11 capitais – com base em anúncios veiculados na Internet.
Preço médio de locação
O preço médio do aluguel residencial em setembro de 2022, calculado para as 25 cidades, é de R$ 37,80 o metro quadrado. Considerando um apartamento de 50 metros quadrados, o valor médio chega a R$ 1.890.
A cidade mais cara entra as monitoradas é Barueri (SP), onde a locação custa, em média, R$ 47,16 o metro quadrado. No caso de um apartamento de 50 metros, o valor médio é de R$ 2.358 no município.
Quando consideradas as 11 capitais, São Paulo – que ocupa a segunda posição no ranking geral – lidera nos preços, com R$ 44,47 o metro quadrado. Em seguida, estão Recife (R$ 40,86/m²) e Florianópolis (R$ 37,80/m²). (Confira a lista completa no fim desta reportagem.)
Alta nas capitais
Em setembro, Niterói (RJ) foi a única cidade da lista geral que apresentou recuo – ainda que discreto – no valor do aluguel (-0,05%). Entre as capitais, Florianópolis (SC) teve a maior alta, com elevação de 2,36%, seguida por Curitiba (PR), com aumento de 2,22%, e Goiânia (GO), onde o avanço foi de 1,85%.
Quando considerado o balanço parcial de 2022 – de janeiro a setembro –, 24 das 25 cidades monitoradas tiveram alta nominal de preços. Entre as capitais, o maior crescimento foi em Florianópolis, com avanço de 27,17%, seguida por Goiânia, que aumentou 25,89%, e Fortaleza (CE): 23,44%.
No acúmulo dos últimos 12 meses, as mesmas capitais estão no topo: Florianópolis (33,34%), Fortaleza (28,56%) e Goiânia (26,01%).
Rentabilidade do aluguel
Segundo o levantamento deste mês, o retorno financeiro do aluguel residencial para os proprietários é de 5,07% ao ano, inferior à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses.
Considerando as 11 capitais monitoradas, as taxas de rentabilidade mais elevadas foram observadas no Recife (6,98% ao ano), Salvador (5,94% ao ano) e São Paulo (5,33% ao ano).
Preço médio do aluguel por cidade (m²); dados de setembro
Barueri (SP): R$ 47,16
São Paulo (SP): R$ 44,47
Recife (PE): R$ 40,86
Florianópolis (SC): R$ 37,80
Santos (SP): R$ 37,80
Rio de Janeiro (RJ): R$ 36,74
Brasília (DF): R$ 36,56
São José dos Campos (SP): R$ 31,38
São José (SC): R$ 31,05
Praia Grande (SP): R$ 30,60
Belo Horizonte (MG): R$ 29,77
Santo André (SP): R$ 29,58
Salvador (BA): R$ 29,46
Guarulhos (SP): R$ 29,06
Curitiba (PR): R$ 28,60
Porto Alegre (RS): R$ 26,54
São Bernardo do Campo (SP): R$ 26,18
Campinas (SP): R$ 25,60
Joinville (SC): R$ 24,74
Goiânia (GO): R$ 24,71
Niterói (RJ): R$ 23,80
Fortaleza (CE): R$ 23,45
Ribeirão Preto (SP): R$ 19,69
São José do Rio Preto (SP): R$ 18,68
Pelotas (RS): R$ 15,58
Média ponderada (25 cidades): R$ 35,74