Loja em formato pop-up ficará aberta entre 12 e 16 de novembro no Shopping Vila Olímpia. Loja terá ambientes para fotos
Fábio Tito/g1
A Shein - marca chinesa de roupas e acessórios que faz sucesso na internet, principalmente entre as gerações mais jovens, - abrirá sua primeira loja física com compra no local no Brasil e na América do Sul. A loja terá o formato pop-up (temporário) e ficará no Shopping Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo, entre os dias 12 e 16 de novembro.
O g1 teve acesso à loja para conhecer o ambiente e os principais pontos do negócio. Confira, em primeira mão, alguns spoilers do que os clientes podem encontrar por lá.
G1 mostra em primeira mão loja física da Shein em São Paulo
Felipe Feistler, general manager da Shein no Brasil, afirmou que 11 mil peças estarão disponíveis para os consumidores na loja. Os planos da marca são ambiciosos: eles planejam vender, pelo menos, 90% do estoque total.
Para isso, a principal estratégia da loja física é a mesma do aplicativo - a aposta em preços baixos. O produto mais barato exposto na loja é um top cropped (um estilo de camiseta de comprimento curto) branco, que custa R$ 21,90. Já o mais caro, um vestido curto, preto e com brilhos, sai por R$ 166,90.
Além disso, Feistler destaca, também, que os clientes terão um desconto de 15% sobre o valor total de compras realizadas na loja física.
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A empresa oferece alguns ambientes "instagramáveis", ou seja, com bons cenários para fotos, estratégia que visa aproximar os consumidores mais jovens da marca.
Em 2022, a Shein investiu no público brasileiro. Foram lançadas coleções em parceria com as cantoras Anitta e Gabi Martins e com a influenciadora digital Emily Garcia. Até o fim do ano e também para 2023, os planos da companhia são expandir a força da marca pelo Brasil e, para isso, novas lojas temporárias passarão por outros estados.
Veja fotos exclusivas da loja da Shein em São Paulo
Loja tem uma passarela para clientes que quiserem desfilar
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Vista do mesanino da loja
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Loja está no Shopping Vila Olímpia
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Manequins dispostos na loja da Shein
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Clientes que postarem fotos com #SHEINSP ganharão brinde
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Propostas de roupas para eventos noturnos
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Opções de roupas casuais
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Loja tem backdrop da marca para fotos
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Loja estará aberta entre 12 e 16 de novembro
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Loja tem opções de roupas femininas, masculinas e infantis
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Por que as peças da Shein são tão baratas?
O modelo de negócios da Shein é bastante particular. Ela não deixa de ser uma marca de fast fashion - ou seja, de rápido consumo e troca de peças de roupa - mas sua linha de produção é diferente da tradicional.
Feistler explica que, enquanto outras marcas mais antigas no mercado de moda fazem coleções com uma enorme quantidade de peças (geralmente mais de mil unidades de uma única peça) e lançam novidades, em média, a cada dois meses, a Shein lança cerca de 10 mil peças novas a cada mês, porém, com uma quantidade bem menor, entre 100 e 200 unidades.
As roupas e acessórios são lançados no aplicativo e, conforme a demanda pelo produto cresce, a companhia passa a fabricar mais unidades das peças que tiveram grande volume de compras. Novas remessas chegam aos estoques e são disponibilizadas dentro do app e, assim, o ciclo continua.
É quase como um pedido sob demanda, mas com o uso da tecnologia para facilitar e fazer o negócio crescer.
Pela grande quantidade de peças lançadas em pouco tempo, a Shein enfrenta críticas de consumidores mais preocupados com o meio ambiente, já que o processo de fabricação de roupas, principalmente em larga escala, gera muitos impactos ambientais.
Por ser uma marca bastante focada nas gerações mais novas - sobretudo a geração Z, dos nascidos entre 1996 e 2010 -, a empresa precisa se atentar às práticas mais sustentáveis. Essas gerações são mais ligadas a causas de sustentabilidade do que pessoas mais velhas e o assunto ganha cada vez mais destaque na mídia e nas redes sociais.
Feistler pontua, em contrapartida, que o modelo de negócios da Shein é o que a torna mais sustentável do que outras marcas do fast fashion tradicional.
“O fato de a produção ser em baixa quantidade para ver qual a adesão dos consumidores e só então produzir mais peças reduz significativamente o desperdício e o descarte de peças que já foram produzidas”, afirma.
Com menos desperdício, o executivo explica que a cadeira produtiva fica mais barata, impactando no preço final dos produtos.