A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Marília (SP) ouviu na sexta-feira (11) o motorista que transportou as duas mulheres suspeitas de matarem um idoso na madrugada de quarta-feira (9), quando o corpo de Donizeti Rosa, de 60 anos, natural de Gália (SP), foi abandonado no centro da cidade.
Segundo a Polícia Civil, imagens de câmeras de segurança mostram as duas chegando com um carro ao prédio onde elas moravam com a vítima, na função de cuidadoras. Conforme a investigação, o condutor do veículo se recusou a colocar o saco com o corpo no automóvel.
"O taxista disse que elas afirmaram que no embrulho tinha material de macumba", disse o delegado Luís Marcelo Perpétuo Sampaio, da DIG. "Ele desistiu e foi embora", completou sobre o motorista, que não depôs antes porque havia ido a São Paulo.
Também na sexta-feira, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou, durante audiência de custódia, a manutenção da prisão temporária das irmãs suspeitas Wania Santos Silveira e Andrea Santos Silveira de Sousa, respectivamente de 49 e 52 anos.
Wania e Andrea, vindas de Minas Gerais, eram cuidadoras da vítima e tiveram as prisões temporárias decretadas por 30 dias na quinta-feira (10). Com a ratificação do TJ-SP, elas foram encaminhadas para a Penitenciária Feminina de Pirajuí (SP).
As mulheres são as principais suspeitas do homicídio e foram detidas pela Polícia Militar no começo da manhã de quinta-feira. A princípio, elas negaram o crime. No entanto, uma câmera de segurança no centro de Marília registrou as duas arrastando o saco com o corpo.
O delegado da DIG, informou que, quando a PM chegou ao local onde o corpo foi encontrado, a equipe suspeitou das duas mulheres e as encaminhou à delegacia.
Segundo a Polícia Civil, as imagens mostram ainda as suspeitas chegando ao prédio em um carro no período noturno, mas o motorista se recusa a colocar o saco no veículo, o que pode explicar o corpo abandonado em plena região central.
Para despistar sobre o caso, as duas cuidadoras chegaram a acionar a Polícia Militar para ir ao local, após alegarem terem sido vítimas de um suposto roubo.
Ainda em meio às investigações, os policiais da DIG constataram saques recentes da conta do idoso, no valor aproximadamente de R$ 25 mil.
Para a polícia, o idoso foi morto dentro de um apartamento em um prédio que fica a cerca de 20 metros do local onde o corpo foi encontrado. Segundo o delegado, a dupla atuava como cuidadora do idoso e morava com ele havia cerca de um ano.
No local do crime, após a perícia, a polícia encontrou vestígios de sangue. Já nas bolsas das suspeitas foram encontrados materiais que estavam envoltos no corpo, como fitas.
A causa da morte do idoso ainda não foi divulgada. Há suspeitas de que a vítima morreu há aproximadamente 10 dias. Um exame toxicológico foi solicitado. A motivação do crime também é investigada.