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Inglaterra

Inglaterra goleia Irã em jogo marcado por protestos na Copa do Catar


Jogadores da seleção iraniana silenciaram no momento do hino do país em apoio aos protestos contra a morte da jovem Mahsa Amini, sob custódia da polícia, após ter sido presa pelo uso inadequado do hijab (lenço) - Reuters/Marko Djurica/Direitos Reservados

Antes de a bola rolar, os jogadores da Inglaterra ajoelharam no gramado, em manifestação contra o racismo. O atacante Harry Kane utilizaria a braçadeira de capitão nas cores do arco-íris, com a expressão "One Love" ("Um Amor", na tradução do inglês), em apoio à comunidade LGBTQIA+, mas o risco de punições pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), como sanções esportivas ou multas, fez o English Team e outras seleções que pretendiam fazer o mesmo voltarem atrás. A postura do Catar quanto à causa é motivo de críticas desde a escolha da nação asiática como sede do Mundial.

Antes do apito inicial, jogadores ingleses se ajoelham no gramado do estádio Al Rayyan em protesto contra o racismo - Reuters/Carl Recine/Direitos Reservados

A Fifa argumenta que o artigo 13.8.1 do regulamento de equipamentos da entidade determina que o capitão de cada time, em competições organizadas pela federação, deve utilizar a braçadeira por ela disponibilizada. A faixa liberada tem os dizeres "No Discrimination" ("Sem discriminação", na tradução).

Susto e passeio inglês

Logo no começo da partida, aos sete minutos do primeiro tempo, o goleiro iraniano Ali Beiranvand se chocou, de cabeça, com o lateral Majid Hosseini, ao cortar um cruzamento de Kane pela direita. Após oito minutos de paralisação, o camisa 1 tentou retornar ao jogo, mas não resistiu à tontura e foi substituído, dando lugar ao reserva Hossein Hosseini.

Como esperado, a Inglaterra teve a iniciativa ofensiva e apostou em ataques pelos lados. O Irã, por sua vez, congestionou a área para diminuir o espaço de finalização. Quando conseguiu acelerar a troca de passes, o time europeu assustou. Aos 29 minutos, o atacante Raheen Sterling tabelou pela direita com Bukayo Saka, que cruzou à meia altura para o também meia Mason Mount chutar na pequena área, na rede pelo lado de fora. Dois minutos depois, o lateral Kieran Trippier cobrou escanteio e o zagueiro Harry Maguire cabeceou no travessão.

Aos 33 minutos, a pressão inglesa, enfim, derrubou a muralha iraniana. Após uma boa troca de passes na esquerda, o lateral Luke Shaw cruzou e o volante Jude Bellingham, de cabeça, deslocou Hossein Hosseini para abrir o placar - e a porteira asiática. Aos 42, Shaw cobrou escanteio pela esquerda, Maguire ajeitou e Saka acertou um lindo chute de primeira, ampliando para os europeus. Os jogadores do Irã cercaram Raphael Claus, reclamando de falta de Maguire no zagueiro Roozbeh Cheshmi, mas o árbitro brasileiro manteve a marcação de campo.

Com dois gols de vantagem, os ingleses obrigaram os rivais a avançarem as linhas e os conduziram a uma armadilha, possibilitando o contra-ataques que originou o terceiro gol, três minutos após o segundo. Aos 45, Kane recebeu pela direita e cruzou à meia altura para Sterling concluir próximo à pequena área, sem chances para Hossein Hosseini.

O cenário do primeiro tempo não se modificou na etapa final, com predominância inglesa no ataque. Aos 16 minutos, a defesa iraniana deu espaço para Saka receber de Sterling na área, tirar dois marcadores da jogada e finalizar no canto para marcar o segundo dele na partida e o quarto do English Team. Desta vez, porém, os asiáticos esboçaram uma reação. Três minutos depois, o meia Ali Gholizadeh - que tinha entrado em campo na volta do intervalo - recebeu na entrada da área pela direita e deixou Mehdi Taremi na cara do gol. O atacante, frente a frente com o goleiro Jordan Pickford, soltou a bomba e descontou.

Só que os ingleses não deixaram o Irã se animar com o gol. Aos 25, poucos segundos após entrar em campo no lugar de Saka, o atacante Marcus Rashford foi lançado por Kane em contra-ataque pela esquerda, invadiu a área com liberdade, deslocou Majid Hosseini e bateu rasteiro, fazendo o quinto dos europeus.

Em ritmo de treino e administrando o resultado, a Inglaterra ainda encontrou brecha para o sexto gol, novamente com participação do banco de reservas, agora, de ambos os atletas envolvidos no lance. Aos 43 minutos, o atacante Callum Wilson recebeu na área e tocou para o meia Jack Grealish finalizar na saída de Hossein Hosseini. Nos acréscimos, Raphael Claus - com auxílio do árbitro de vídeo (VAR) - deu pênalti do zagueiro John Stones no atacante Morteza Pouraliganji. Taremi converteu a penalidade e deu números finais à partida, diminuindo o prejuízo asiático.

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