No dia anterior, a moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 1,28%, vendida a R$ 5,3121. Cédulas de dólar
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O dólar abriu com volatilidade nesta terça-feira (13), oscilando entre altas e baixas, com os investidores à espera da divulgação da inflação ao consumidor dos Estados Unidos. No cenário doméstico, o mercado aguarda por novas sinalizações de quem estará na equipe econômica do novo governo Lula, que terá como ministro da Fazenda o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
Às 9h02, a moeda norte-americana registrava leve variação positiva de 0,07%, cotada a R$ 5,3158. Veja mais cotações.
Na segunda, feira, o dólar encerrou o dia em alta de 1,28%, vendido a R$ 5,3121. Com o resultado, a moeda acumula alta de 2,12% no mês. No ano, ainda tem queda, de 4,71%.
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O que está mexendo com os mercados?
A agenda econômica do dia tem como principal destaque a inflação ao consumidor nos Estados Unidos. A expectativa do mercado é que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) recue a 7,3% no acumulado em 12 meses. Caso a previsão se confirme, essa será a menor porcentagem anual da inflação americana em 11 meses.
Apesar da desaceleração da alta dos preços, a inflação segue pressionando a população americana, dizem Jennie Li, estrategista de ações, e Rafael Nobre, analista internacional - ambos da XP Investimentos.
Os especialistas destacam, em análise sobre a economia do país, uma fala de Doug McMillon, CEO do Walmart (uma das maiores redes de supermercados do mundo), na semana passada. O executivo afirmou que "o comprador americano ainda está se sentindo pressionado pela inflação, mas os efeitos ainda não estão sendo sentidos uniformemente nas categorias".
"Os consumidores estão sendo mais seletivos em suas compras e pulando alguns eletrônicos, por exemplo, em favor de produtos básicos. Nos últimos dois trimestres, o executivo disse que grande parte do crescimento da empresa veio de pessoas que estão indo para o Walmart para economizar dinheiro", explicam os especialistas.
Nesse sentido, a inflação americana continua como uma pedra no sapato do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que se reúne hoje e amanhã para decidir as novas taxas de juros dos Estados Unidos.
Atualmente, os juros naquele país estão entre 3,75% e 4,00% ao ano e as expectativas do mercado são de que o Fed promova uma alta de meio ponto percentual, levando as taxas a um patamar entre 4,25% e 4,50% ao ano.
No Brasil, as atenções do mercado permanecem voltadas para o campo político. Investidores acompanham os primeiros passos de Fernando Haddad como futuro chefe do Ministério da Fazenda e aguardam o anúncio dos primeiros nomes escolhidos pelo ex-prefeito para compor a pasta.
Também no cenário doméstico, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil divulgou a ata de sua última reunião, que terminou com a manutenção da Selic, taxa básica de juros, em 13,75% ao ano.
"Entre os pontos do documento, o comitê reiterou, assim como já constava no comunicado, que a incerteza sobre a dinâmica fiscal futura e consequências sobre a inflação foram discutidas", destaca a equipe de análise do BTG Pactual.