Mapa interceptou 49 toneladas do produto nos postos de São Borja (RS) e Foz do Iguaçu (PR). As frutas secas estavam contaminadas por Ocratoxina A, substância produzida por alguns fungos. Uva-passa
Andreas Haslinger/Unplash
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) interceptou 49 toneladas de uvas-passas contaminadas, que seriam usadas em panetones, foram apreendidas em fronteiras do Brasil.
As cargas estavam contaminadas por Ocratoxina A, substância produzida por alguns tipos de fungos, que é tóxico e prejudicial à saúde.
As apreensões ocorreram nos postos de São Borja (RS) e Foz do Iguaçu (PR). Depois os produtos seriam processados na região metropolitana de São Paulo.
Segundo o Mapa, os produtos tinham como destino o fracionamento para venda ao consumidor final e a fabricação de produtos natalinos (ouça podcast sobre panetones abaixo).
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Qual seria a contaminação?
Os produtos estavam contaminados por Ocratoxina A, que é uma substância produzida por alguns tipos de fungos que, em condições ambientais adequadas, pode estar presente em produtos alimentares, como: cereais, frutos secos, café, cacau, uvas, e processados, como vinho, cerveja ou sumos de fruta.
Segundo o Mapa, foi constatada pela fiscalização que uma das cargas apresentava quatro vezes o limite máximo permitido para a substância.
“Ao exceder o limite permitido de micotoxina o produto torna-se tóxico, sendo prejudicial à saúde”, explica o coordenador de Fiscalização da Qualidade Vegetal, Tiago Dokonal.
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Como é o controle de qualidade?
Os limites máximos tolerados para micotoxinas em alimentos atendem aos critérios estabelecidos pela Instrução Normativa nº 88/2021 da Anvisa.
O controle de micotoxinas de produtos importados é realizado pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) e pela rede credenciada.
Somente após a análise é que são liberados para a comercialização no Brasil.
O que vai acontecer com as cargas?
O país de origem, que não foi divulgado, será notificado oficialmente pelo Mapa e as cargas serão devolvidas dentro de 30 dias.
Fiscalização
A entrada de frutas secas, amêndoas, nozes e castanhas nas fronteiras são controladas pelas equipes da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e no mercado interno pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal.
Os responsáveis por esses produtos, bem como embalador, detentor ou importador, devem observar os requisitos mínimos de identidade e qualidade estabelecidos pelo Mapa, por meio da Portaria nº 635, para que estes sejam considerados próprios para o consumo.
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