Senador Alexandre Silveira foi anunciado no cargo nesta quinta-feira. Isenção de tributos federais acaba no sábado (31), e preço dos combustíveis deve subir. O futuro ministro de Minas e Energia, o atual senador Alexandre Silveira (PSD-MG), afirmou nesta quinta-feira (29) que vai trabalhar junto com o novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a questão do preço dos combustíveis.
Haddad solicitou ao atual governo que não prorrogasse a isenção de impostos federais sobre combustíveis, de forma que haverá um aumento de imposto a partir de 1º de janeiro, com possível impacto nas bombas e na inflação.
Por outro lado, abre-se um potencial de o governo arrecadar quase R$ 53 bilhões em 2023 com a volta da cobrança dos impostos federais sobre combustíveis.
Segundo o futuro ministro da Fazenda, o governo eleito precisa de mais tempo para analisar a questão, ou seja, se volta a desonerar os impostos sobre combustíveis ou se mantém a cobrança.
Questionado se tinha sido consultado da decisão de Haddad, Silveira disse que estava tomando par da situação e que vai conversar sobre a questão com o seu colega de Esplanada. "É uma decisão que vamos tomar juntos", afirmou.
"Governo eleito tem todo direito de decidir depois sobre ICMS dos combustíveis", diz Míriam Leitão
O g1 apurou que o grupo de Minas e Energia havia solicitado a prorrogação temporária da desoneração, para dar tempo do governo eleito tomar uma decisão definitiva. O pedido não foi atendido.
Silveira não fazia parte do grupo de Minas e Energia da transição. Ele compôs o grupo de Infraestrutura.
Também em fala a jornalistas, Silveira disse que é importante que toda decisão, tanto sobre preço dos combustíveis quanto sobre tarifa de energia, seja tomada com muito critério pelo governo eleito, para não afastar o investidor privado.
"Vamos começar a discutir agora [sobre combustíveis], há uma grande preocupação nesse sentido, tanto na questão dos combustíveis quanto na questão de energia elétrica, na energia elétrica temos uma bomba armada que é a questão do déficit deixado pelo governo, vamos precisar ter muito critério, muita seriedade, muita parcimônia", disse.
"Somos um ministério regulador, precisamos ter muito equilíbrio para ter segurança jurídica, segurança de contrato pra atrair investimentos pra poder continuar desenvolvendo o setor energético nacional e consequentemente diluir preço de tarifa", completou, sem antecipar medidas.
Silveira foi anunciado como futuro ministro nesta quinta, junto com outros 15 nomes. Com isso, Lula fechou a sua equipe ministerial.