Região Marília

MP denuncia ex-mulher de dono de motel acusado de matar funcionário em Marília

Mulher foi denunciada por suspeita de alterar cena do crime. Vítima Daniel Ricardo da Silva estaria se relacionando com a denunciada pelo MP. Ex-marido e dono do motel, coronel da PM aposentado, é acusado de matar homem, em outubro do ano passado, por motivos passionais.

Por Portal NC

15/09/2022 às 12:55:22 - Atualizado há
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou a policial militar Adriana Luiza da Silva por suposta adulteração de cena de crime no caso do assassinato de Daniel Ricardo da Silva. O ex-marido dela, o coronel da PM aposentado e dono do motel em Marília (SP) onde ocorreu o crime, Dhaubian Braga, é acusado do assassinato em outubro do ano passado.

Segundo a promotoria, após a morte de Daniel, que era funcionário do motel, Adriana "ingressou na cena do crime e retirou o celular da vítima do local marcado pela perícia antes da devida arrecadação técnica".

Consta na denúncia contra ela, apresentada nesta terça-feira (13) e ainda sem análise pela Justiça, que Adriana supostamente "inovou artificiosamente, com o fim de produzir efeito em processo penal não iniciado, o estado de coisa, com o fim de induzir a erro o juiz e o perito".

"Segundo o apurado, a denunciada é policial militar e era companheira de Dhaubian Braga Brauioto Barbosa, contudo mantinha relacionamento amoroso com Daniel Ricardo da Silva", afirma o promotor Mario Yamamura na denúncia.

Ainda, conforme o MP-SP, Adriana omitiu o vínculo que possuía com a vítima e disse que a havia contratado para "para gravar as conversas de seu companheiro Dhaubian, pois desconfiava que estava sendo traída".

A denúncia pede a condenação de Adriana por "fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral", crime com pena prevista de dois a quatro anos e multa.

Adriana foi denunciada pelo MP-SP um dia após recursar um acordo com a Justiça que poderia evitar uma ação criminal contra ela.

A proposta da promotoria, rejeitada por ela, previa a confissão integral de que realmente adulterou a cena do crime, além de prestação de serviços à comunidade pelo prazo de três meses e pagamento de um salário mínimo.

O g1 procurou a defesa de Adriana para comentar a denúncia contra sua cliente, mas a informação é de que eles somente irão se manifestar no processo.
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