Esse é o caso de Marcos Ribeiro, enfermeiro de 46 anos, que encarou no domingo, primeiro dia de 2023, uma viagem de oito horas de Curitiba até Santos. Chegou ao estádio da Vila Belmiro, onde o velório acontecerá até às 10 horas (de Brasília) desta terça-feira, às 19 horas e passou a madrugada no início da fila para entrar no gramado e reverenciar o Rei do Futebol.
“Vale a pena vir até Santos para homenagear Pelé pela pessoa que ele foi, com certeza. Sou negro, brasileiro. O Pelé trouxe essa representatividade pra nós, sabe? É um orgulho grande que a gente tem. Um cara sensacional. A gente sabe que as pessoas têm defeitos e cabe a Deus julgar esses defeitos”, contou Marcos, que voltou para Curitiba logo após deixar o gramado da Vila Belmiro.
“Agora, com relação à parte do futebol, Pelé era insuperável. Sou corintiano, desde o nascimento, e estou aqui com todo o respeito aos santistas e todos os outros torcedores também. Porque o Pelé mostrou que, acima de tudo, futebol é descontração, é brincadeira e união. Então a gente está aqui para prestigiar esse momento, pra essa homenagem a ele”, prosseguiu.
Marcos disse não se importar com a fama que Pelé teve de ser carrasco do Corinthians. “Ele maltratou a gente (gols no Corinthians), mas deu muitas alegrias aos brasileiros. E faz parte ganhar ou perder. E se for perder, que perca para o Rei, né? (risos)”, finalizou.
Gazeta Esportiva