Ministro da Casa Civil afirmou que, após as eleições, o represamento foi desfeito, o que gerou volume 'gigantesco' de aposentadorias em curto período. Com isso, governo Lula tenta conciliar reajuste no mínimo com número maior de beneficiários. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, deu entrevista coletiva no Palácio do Planalto
Adriano Machado/Reuters
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta sexta-feira (6) que houve um represamento na concessão de aposentadorias no governo Jair Bolsonaro. Depois das eleições, segundo o ministro, o governo anterior desfez o represamento, o que gerou grande número de aposentadorias de uma vez e agora está causando impacto no salário mínimo.
Isso porque o valor das aposentadorias é atrelado ao salário mínimo. O valor do mínimo previsto no Orçamento para este ano é de R$ 1.320. Mas o governo precisa editar uma medida provisória confirmando o valor, o que ainda não aconteceu.
Questionado sobre a demora, Rui Costa citou o represamento do governo anterior. E que o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, vai dar esclarecimentos sobre o tema no início da semana que vem. O governo busca alternativas para conciliar o valor do mínimo com o disparo no número de aposentadorias, que não estava inicialmente previsto.
"Há um impacto evidente no tocante ao salário mínimo um represamento que foi feito das aposentadorias e no segundo semestre foi liberado, principalmente depois das eleições, um contingente grande, o que demonstrava que o represamento não era de dificuldade administrativa. Era de estratégia financeira de conter pagamentos, já que se fosse dificuldade administrativa não haveria como liberar um volume gigantesco como foi liberado pós-eleição", disse o ministro da Casa Civil.
“O ministro Marinho, ministro do Trabalho, vai chamar vocês para um pronunciamento, senão hoje, na segunda-feira (9), sobre o assunto. Eu prefiro que ele o faça pq assim foi o pedido do presidente, fruto de reunião que nós tivemos ontem [quinta-feira]", informou Rui Costa.