Uma das duas mulheres de Tupã (SP), que foram presas no último dia 8 pela Polícia Militar durante os ataques às sedes dos três poderes, em Brasília (DF), teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Até a tarde desta quinta-feira (19), o ministro Alexandre de Moraes ainda não havia analisado o caso da outra moradora de Tupã, Rosimeire Morandi, que também está presa.
Segundo informações do advogado Victor Anuvale, que representa a bolsonaristas Rosimeire Morandi, que estava com Vanessa, a dupla foi levada para a Penitenciária da Colmeia para aguardar pela audiência de custódia. Elas são suspeitas de infringir o Art. 359-M da Constituição.
O advogado disse ao g1 que a empresária que ele representa entrou no Palácio do Planalto de modo pacífico e intercedeu para que nada fosse quebrado no local. A reportagem tentou contato com a defesa de Vanessa Harume Takasaki, mas não obteve retorno.
Durante a terça e quarta-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes decidiu manter presos 354 envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Eles respondem por crimes como terrorismo e golpe de estado. Já 220 pessoas foram liberadas com medidas cautelares e outros 885 casos estão sendo analisados.
Moraes pretende, até sexta-feira (20), concluir a análise da situação dos mais de 1.400 presos. Cabe ao STF decidir quem segue preso e quem pode ser liberado.
O gabinete do ministro divulgou nota em que afirma que "considerou que as condutas foram ilícitas e gravíssimas, com intuito de, por meio de violência e grave ameaça, coagir e impedir o exercício dos poderes constitucionais constituídos" e que "houve flagrante afronta à manutenção do Estado Democrático de Direito, em evidente descompasso com a garantia da liberdade de expressão".