Na sexta-feira, o principal índice da bolsa de valores caiu 0,78%, a 112.040 pontos. Mercado acompanha a Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
KEVIN DAVID/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta segunda-feira (23).
Às 10h13, o Ibovespa subia 0,57%, a 112.680 pontos. Ibovespa Veja mais cotações.
Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 0,78%, aos 112.040 pontos. Com o resultado, o Ibovespa passou a acumular ganho de 2,10% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Na agenda corporativa, a Americanas ainda segue em foco. Na semana passada, a B3 informou a saída das ações da empresa de seus índices depois do anúncio da recuperação judicial, com dívidas de R$ 43 bilhões. Apesar da exclusão dos índices acionários da B3, as ações da companhia continuarão a ser negociadas, mas sob o título de recuperação judicial.
Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação deste ano de 5,39% para 5,48%. Foi a sexta alta consecutiva do indicador. O novo aumento aconteceu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter criticado a independência do Banco Central e ter dito que a atual meta da inflação atrapalha crescimento - indicando que pode atuar para elevá-la.
Depois disso, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que não há nenhuma pré-disposição do governo de fazer qualquer mudança na instituição.
Para este ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado financeiro subiu sua previsão de 0,77% para 0,79%.
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Já no exterior, a cautela permanece com o risco de recessão nos Estados Unidos, com o mercado aguardando novos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que possam indicar o rumo das taxas de juros no país.
Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Assim, investidores migram para tais aplicações, em detrimento de ativos de risco, como o mercado de ações e moedas de países divergentes - o que ajuda a explicar a desvalorização do real frente o dólar.
Com pressão inflacionária e juros mais altos, crescem, também, a percepção de risco de que os Estados Unidos enfrentem uma recessão econômica.