Xícara custa 50 vezes o preço de mercado, mas admiradores estão dispostos a pagar por esses grãos de luxo cultivados no Panamá. Café sendo filtrado no café Proud Mary em Melbourne.
William West/AFP
Uma cafeteria em Melbourne, na Austrália, oferece aos seus clientes uma experiência inusitada, uma xícara de café por 140 dólares (R$ 730,25), 50 vezes o preço de mercado, mas que os admiradores estão dispostos a pagar por esses grãos de luxo cultivados no Panamá.
A cidade de Melbourne tem uma tradição de cultura do café, alimentada pela migração italiana e grega a partir da década de 1940. Mas para quem procura uma experiência de outro nível, a cafeteria Proud Mary oferece um café muito especial cultivado nas terras de Chiriquí, no Panamá, conhecido como "Black Jaguar".
Esses grãos venceram um concurso no Panamá 2022 na categoria "Natural Gueisha", marcando 96,5 pontos em um máximo de 100. Eles são vendidos por 2.000 dólares (R$ 10.432) a libra (450 gramas).
"Tive uma experiência extracorpórea, como um alívio e um formigamento. Era claramente uma xícara de café muito especial, tinha sabor e personalidade", disse o proprietário da Proud Mary, Nolan Hirte, que estava no júri.
Esses grãos "Black Jaguar" são os mais caros que sua cafeteria já comprou. Oferece apenas 22 xícaras desse café.
A paixão pelo café é tão grande que um apreciador viajou duas horas desde Sydney para experimentar esse luxo.
O cineasta Jake Reeder, que se descreve como um "grande fã de café" e que ganhou um concurso de degustação, diz que não hesitaria em pagar esse preço. Para ele, é uma experiência "comovente".
Hirte argumenta que o café é uma pechincha em comparação com bebidas mais caras, como vinho ou chá.
"O café é muito mais complexo do que o vinho pode ser, mas muitas vezes é torrado demais, colocam açúcar e leite, mas pode ele ser muito mais", disse ele.