Economia

Nubank tem lucro ajustado de US$ 113,8 milhões no 4º trimestre de 2022

Por Portal NC

14/02/2023 às 19:58:29 - Atualizado há
Valor considera o efeito contábil do encerramento de um termo que previa pagamento de bônus ao fundador do banco, David Vélez. Logotipo de Nubank na sede do banco em São Paulo, Brasil, 19 de junho de 2018

Paulo Whitaker/Reuters

O Nubank divulgou nesta terça-feira (14) lucro líquido ajustado de US$ 113,8 milhões para o quarto trimestre de 2022 ante US$ 63 milhões no terceiro trimestre e US$ 3,2 milhões no mesmo período de 2021.

O número considera o efeito contábil do encerramento de um termo que previa pagamento de um bônus ao fundador David Vélez, caso metas agressivas de valorização das ações do banco fossem alcançadas, o que foi chamado de "CSA" pelo Nubank.

Em termos líquidos, o lucro do banco, quinta maior instituição financeira do Brasil, foi de US$ 58 milhões nos três últimos meses de 2022.

Analistas esperavam, em média, lucro líquido de US$ 41 milhões para o Nubank -- que tem operações no Brasil, México e Colômbia -- no trimestre, segundo dados da Refinitiv.

CSA e clientes

O impacto do fim do CSA nas contas do banco no quarto trimestre foi de US$ 356 milhões. Segundo o vice-presidente financeiro da instituição, Guilherme Marques do Lago, o fim do termo vai fazer com que o Nubank "deixe de reconhecer US$ 70 milhões a US$ 80 milhões (relativos ao CSA) ao longo dos próximos anos".

O banco terminou 2022 com 74,6 milhões de clientes, dos quais 70,9 milhões no Brasil e 3,2 milhões no México, depois de ter adicionado 4,2 milhões no quarto trimestre. Um ano antes, eram cerca de 54 milhões de clientes do Nubank.

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) no Brasil foi de 35% no trimestre, acima de rivais como Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander Brasil.

Inadimplência

O índice de inadimplência de operações de crédito do Nubank vencidas há mais de 90 dias cresceu no trimestre, em meio à alta dos juros no Brasil. O indicador de calotes foi de 5,2%, ante 4,7% entre julho e setembro e 3,5% reportados no final de 2021.

"Os indicadores macros estão bem ruins, mas temos sinais de término de um ciclo", disse o vice-presidente financeiro do banco digital, Guilherme Lago.

"No primeiro trimestre de cada ano a inadimplência geralmente sobe um pouco, para depois cair. Nada nos leva a crer que não vamos ter essa sazonalidade", disse Lago respondendo à Reuters sobre a tendência da inadimplência para 2023.
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