Deputado disse que ministro da Fazenda tem sido figura 'importante' do PT no diálogo com Legislativo. Haddad afirmou que apresenta em março lei para substituir teto de gastos. Montagem com fotos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT)Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados e Ton Molina/Fotoarena/Estadão ConteúdoO presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), elogiou nesta quarta-feira (15) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse ter um acordo com o governo para que o texto da nova regra fiscal seja "razoável". O governo federal elabora um novo mecanismo para substituir o teto de gastos – que limita as despesas públicas à variação da inflação do ano anterior. Mais cedo, nesta quarta, o ministro da Economia, Fernando Haddad, disse que a nova regra fiscal para controlar os gastos públicos federais deve ser apresentada em março.Durante participação em evento do Banco BTG, em São Paulo, Lira disse que, para ser aprovado pelo plenário, o texto da nova regra fiscal terá que ser "médio, conceituado, razoável, equilibrado” e tratar “de responsabilidade fiscal, sem esquecer a justiça social, mas que não descambe nem para um lado excessivamente, nem para outro, seja um texto moderado". Lira afirmou ainda que, na época das negociações da Proposta de Emenda Constitucional que ampliou o teto de gastos por um ano – conhecida como PEC da Transição – Haddad fez um compromisso na presença de todos os líderes da oposição ao governo de que o texto da nova âncora fiscal seria "moderado". O presidente da Câmara também elogiou o diálogo de Haddad com o Congresso Nacional."O ministro Haddad, tem sido, e eu não deixo de reconhecer, tem sido uma das figuras mais importantes do PT no diálogo com o Congresso. Ele não tem se ausentado, tem conversado dialogado, mostrado interesse na discussão desses temas", afirmou.Uma boa interlocução da equipe econômica com o Legislativo é fundamental para a aprovação de projetos do governo no Congresso.Ex-ministro da Economia, Paulo Guedes teve uma relação conturbada com o Legislativo. Por vezes, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dizia que Paulo Guedes tinha pouca experiência política.Em uma ocasião, o ex-presidente Bolsonaro disse que, quando o assunto era política, ia sempre "na contramão" do que Paulo Guedes falava.