Na véspera, o principal índice do mercado de ações brasileiro recuou 0,88%, aos 102.312 pontos. Vista geral dos painéis da Bolsa de Valores de Sâo Paulo
Cris Faga/Fox Press Photo/Estadão Conteúdo
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em queda nesta quarta-feira (26), com destaque para desaceleração do PIB dos Estados Unidos. Investidores também assistem com atenção à sessão temática sobre juros no Senado Federal, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Às 10h15, o Ibovespa caía 0,21%, aos 102.098 pontos. Veja mais cotações.
Na véspera, o índice teve queda de 0,88%, aos 102.312 pontos. Com o resultado, o Ibovespa acumulou os seguintes resultados:
Na semana, a bolsa tem recuo de 1,97%;
No mês, o Ibovespa tem ganhos de 0,42%;
No ano, entretanto, acumula perdas de 6,76%.
'O custo de não combater a inflação é muito mais alto', diz Roberto Campos Neto
O que está mexendo com os mercados?
O mercado inicia o dia ansioso com audiência no Senado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A sessão temática será um debate sobre a taxa básica de juros e a inflação.
Já no noticiário, destaque para a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decidiu na quarta-feira (26) que devem incidir impostos sobre determinados incentivos fiscais dados por estados a empresas. A equipe econômica do governo entende que essa decisão pode gerar R$ 90 bilhões para os cofres públicos.
A ação questionava se empresas podem abater da base de cálculo de impostos federais (IRPJ e CSLL) incentivos fiscais concedidos pelos estados via ICMS. Esse abatimento, quando realizado, reduz a base de incidência dos tributos federais. Logo, a União arrecada menos.
Com a decisão, só será possível abater da base de cálculo subvenções estaduais ligadas a investimentos, desde que comprovados os requisitos legais. A Seção levou a análise do caso adiante apesar de uma determinação do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), para suspensão do julgamento.
Entre os indicadores, a FGV informou que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) caiu 0,95% em abril, mais do que a expectativa de recuo, que era de 0,69%. O índice variou 0,05% no mês anterior, após queda de 0,06%. O indicador passou a apresentar queda de 2,17% em 12 meses.
Já o volume do setor de serviços do Brasil avançou bem acima do esperado: 1,1% em fevereiro em relação ao mês anterior e teve alta de 5,4% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As expectativas em pesquisa da Reuters eram de avanços de 0,4% na comparação mensal e de 4,8% na base anual.
Além disso, mais tarde, o Ministério da Economia anuncia os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de março. A mediana das 18 estimativas colhidas pelo Valor Data, do jornal Valor Econômico, aponta para geração líquida de 97,5 mil empregos com carteira assinada no mês passado.
Na agenda corporativa, a terceira e última prévia da carteira teórica do Ibovespa válida para entre maio e agosto manteve a entrada da resseguradora IRB e as exclusões das ações de Qualicorp, Banco Pan e Ecorodovias, segundo a B3.
No exterior, o destaque do dia é a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre. A economia americana cresceu a uma taxa anualizada de 1,1% no último trimestre, informou o Departamento de Comércio.
O crescimento dos EUA desacelerou mais do que o esperado no primeiro trimestre, apesar do aumento nos gastos do consumidor, e a atividade deve se moderar ainda mais à medida que os efeitos da taxa de juros mais alta se espalham. A expectativa de mercado é de uma alta de 2%.
A economia havia crescido a um ritmo de 2,6% no quarto trimestre. Os dados de atividade são acompanhados de perto pelo mercado, em busca de pistas sobre a atuação do Federal Reserve (Fed) na trajetória de juros do país.