O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (21) e deve manter, pela última vez, a taxa básica de juros da economia estável em 13,75% ao ano.
A partir de agosto, a expectativa dos analistas é de que a taxa Selic comece a recuar - passando para 13,50% ao ano - um corte de 0,25 ponto percentual. A estimativa anterior era de que os juros começassem a cair somente em setembro desse ano.
As informações constam no relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras na semana passada sobre as projeções para a economia.
A projeção de que o corte dos juros virá em agosto vem após a divulgação do IPCA de maio, que somou 0,23%. Em doze meses até maio, a inflação oficial somou 3,94%. Os números vieram bem abaixo das estimativas do mercado financeiro.
Metas de inflação
Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, no sistema de metas de inflação, o BC olha para frente.
Neste momento, a instituição já está mirando na meta do ano que vem. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
Na semana passada, os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação desse ano de 5,42% para 5,12%, e passaram a projetar uma inflação de 4% para 2024.
A meta de inflação do próximo ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.