Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,31%, vendida a R$ 4,8039. Entenda o que faz o dólar subir ou descer
O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (3), um dia depois da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), que decidiu reduzir a Selic, taxa básica de juros, de 13,75% ao ano para 13,25% ao ano, no primeiro corte em três anos.
No exterior, as atenções ainda estão voltadas para saber como anda a economia dos Estados Unidos e investidores aguardam a divulgação de dados de emprego.
Às 09h12, a moeda norte-americana subia 0,85%, cotada a R$ 4,8448. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar teve alta de 0,31%, vendido a R$ 4,8039. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
alta de 1,54% na semana;
avanço de 1,59% no mês;
recuo de 8,98% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
O principal destaque no cenário interno é a nova taxa Selic, de 13,25% ao ano, após o Copom reduzir os juros em 0,5 ponto percentual em uma decisão que não foi unânime, de 5 contra 4.
O comunicado que a instituição solta depois da reunião revela que o comitê vislumbra a possibilidade de promover uma nova queda de mesma magnitude, em seu próximo encontro, que ocorre no fim de setembro.
Um corte na taxa de juros já era esperado e especialistas comentam que já havia sido precificado pelo mercado. No entanto, o movimento observado neste pregão é de desvalorização do real em relação ao dólar.
Isso acontece porque o que mais atrai os investidores estrangeiros para o Brasil são as altas taxas de juros e, com a perspectiva de que o ciclo de cortes só está começando, é comum haver uma retirada de recursos do país.
Os recados do Copom com a queda de 0,5 ponto percentual
Além disso, o cenário externo não anda tão otimista nas últimas semanas e alguns especialistas consideram que uma recessão econômica possa vir pela frente.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a agência de classificação de risco Fitch reduziu a nota de crédito do país - que é considerado o mais seguro do mundo -, gerando um mau humor generalizado pelos mercados em nível global.
No país norte-americano, aliás, os olhos estão voltados hoje e amanhã para a divulgação de dados de emprego, que podem sinalizar como anda a economia.