A queda no preço da soja, sob o impacto do crescimento da China, levou o governo a planejar o aumento da mistura de biodiesel no diesel para 15% já em 2024.
O sinal veio do vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, que levou a discussão para integrantes do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
O aumento vai ao encontro da agenda de redução de poluentes, mas sempre esbarrou no preço dos combustíveis: o biodiesel tende a tornar o combustível mais caro por conta do preço de commodities com as quais é feito, como a soja.
Em março o CNPE estabeleceu novas diretrizes com um aumento gradual do percentual de biodiesel no diesel. Neste ano, a mistura passou de 10% para 12% de biodiesel. Para 2024, a previsão era subir para 13%. Só chegaria a 15% no último ano do governo Lula. A tentativa capitaneada por Alckmin é de acelerar o percentual de biodiesel na mistura.
Além de ajudar na política ambiental brasileira, acelerando metas de redução de emissões de gases estufa, a medida seria positiva para agricultores impactados com a diminuição da demanda chinesa por grãos.
Apesar do impacto menor no preço do diesel, a medida ainda assim pode acrescentar alguns centavos nas bombas dos postos de combustíveis. Esta é uma preocupação para o governo.