No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,42%, vendida a R$ 4,9520, recuperando parte das perdas da véspera. Cédulas de dólar
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O dólar abriu com volatilidade nesta quarta-feira (13), oscilando entre altas e baixas, com investidores aguardando os dados da inflação americana em agosto. O resultado é importante para a próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que vai decidir o rumo das taxas de juros no país, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano.
Às 09h03, a moeda norte-americana caía 0,03%, cotada a R$ 4,9505. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar fechou com alta de 0,42%, vendido a R$ 4,9520. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
queda de 0,61% na semana;
avanço de 0,04% no mês;
e recuo de 6,18% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Em um dia de agenda mais esvaziada no Brasil, o que toma conta dos mercados em nível global é a expectativa pela inflação americana.
Os Estados Unidos, assim como boa parte do mundo, passaram por um período de forte pressão inflacionária causada pelos problemas trazidos pela pandemia de Covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Para controlar o avanço dos preços, o Fed passou a elevar as taxas de juros no país, que já chegaram ao maior patamar em anos. O principal fator determinante para a continuidade dessas altas nos juros ou o início de um corte é, justamente, a inflação.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) até começou a arrefecer, mas continua acima das metas de inflação estabelecidas pelo Fed e, por isso, os números de agosto serão observados com atenção para traçar os próximos passos da política monetária na maior economia do mundo.
Se o índice vier acima do esperado pelo mercado, a expectativa é que o Fed possa elevar os juros ou mantê-los em patamar elevado por mais tempo. Juros altos nos Estados Unidos aumentam, também, a rentabilidade dos títulos públicos americanos, considerados os mais seguros do mundo.
Isso leva a uma migração de recursos para o país, o que favorece o dólar em detrimento de outras moedas, principalmente as de países emergentes, além de ser prejudicial para os ativos de riscos, como os mercados de ações.
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