No dia anterior, o principal índice da bolsa de valores brasileira avançou 0,18%, aos 118.176 pontos. Ibovespa opera em baixa, puxado pelo exterior.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, abriu em alta nesta quinta-feira (14), após a divulgação de números do setor de serviços brasileiro, que vieram positivos, e com investidores repercutindo novos dados econômicos do exterior.
Às 10h05, o índice subia 0,24%, aos 118.454 pontos. Veja mais cotações.
No dia anterior, o Ibovespa fechou em alta de 0,18%, aos 118.176 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular altas de:
2,57% na semana;
2,19% no mês;
e de 7,78% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
O que está mexendo com os mercados?
No Brasil, o único destaque do dia é a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho, o setor de serviços cresceu 0,5% frente a junho, na terceira alta consecutiva, em linha com as expectativas do mercado.
Segundo o IBGE, o setor está 12,8% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 0,9% abaixo de dezembro de 2022, mês em que registrou o mais patamar da série histórica.
No entanto, o que realmente mexe com os ânimos dos investidores neste pregão são as notícias vinda do exterior. Nesta manhã, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu elevar seus juros em 0,25 ponto percentual, o 10° aumento consecutivo, levando-os a um patamar entre 4,00% e 4,75% ao ano.
A alta tem como objetivo seguir controlando a inflação no país, que desacelera, mas segue acima da meta da instituição. Porém, o aumento dos juros na zona do euro, de acordo com especialistas, também é uma forma de tentar atrair investimentos para a região, que sofre com uma forte desaceleração da atividade econômica.
Na próxima semana, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) também vai decidir as novas taxas de juros dos Estados Unidos, que hoje estão entre 5,25% e 5,50% ao ano. A expectativa do mercado é que o Fed mantenha as taxas no patamar em que estão, tendo em vista que a inflação ao consumidor em agosto, divulgada ontem, veio em linha com as projeções, em 0,6%.
Hoje, também foi divulgada a inflação ao produtor na maior economia do mundo. Em agosto, os preços subiram 0,7%, acima das projeções, de alta de 0,4%.
O analista de investimentos Vitor Miziara explica que quando há pressão inflacionária sobre os produtores, eles podem repassar isso no preço dos produtos para o consumidor final (o que pode ter impacto sobre a inflação ao consumidor), ou pode segurar esse repasse e diminuir suas margens de lucro, o que é bastante negativo para as empresas.
Ainda nos Estados Unidos, as vendas no varejo tiveram um crescimento de 0,6% em agosto, ante expectativas menos expressivas, de alta de 0,2%.
No fim do dia, a atenção estará voltada para a divulgação de dados na China, com destaque para decisão sobre juros, vendas no varejo e produção industrial.