Economia

Dólar abre em alta, de olho na situação fiscal brasileira e com cautela do exterior

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Por Portal NC

26/09/2023 às 09:15:24 - Atualizado há
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,69%, cotada a R$ 4,9662. O Ibovespa, por sua vez, recuou 0,07%, aos 115.925 pontos. O dólar abriu mais um dia em alta nesta terça-feira (26), impactado por uma série de notícias que elevam a cautela dos investidores, aqui e lá fora. No Brasil, o mercado olha com atenção para a notícia de que o governo foi ao Supremos Tribunal Federal (STF) para tentar rever a cobrança dos precatórios federais.

Ainda no cenários doméstico, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) divulgou a ata de sua última reunião, sinalizando que é pouco provável que ocorra uma aceleração nos cortes de juros, porque as expectativas ainda são de inflação elevada.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados de setembro do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é considerado a prévia da inflação oficial e subiu 0,35% no mês, puxado pela gasolina.

Já no exterior, a preocupação segue com a situação da China, que vive um período de crise no setor imobiliário, um dos mais importantes de sua economia, e com os juros nos Estados Unidos, que chegaram ao maior patamar desde a crise de 2008.

Dólar

Às 09h10, a moeda norte-americana subia 0,13%, cotada a R$ 4,9729. Veja mais cotações.

No dia anterior, o dólar fechou com alta de 0,69%, vendido a R$ 4,9662.

Com o resultado, a moeda passou a acumular:

altas de 0,69% na semana e de 0,33% no mês;

queda de 5,91% no ano.

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Ibovespa

Na véspera, o Ibovespa fechou o dia em leve queda de 0,07%, aos 115.925 pontos. A baixa foi puxada, sobretudo, pelo desempenho negativo das ações da Vale.

Com o resultado de hoje, o índice passou a acumular:

queda de 0,07% na semana;

altas de 0,16% no mês e de 5,64% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

Os investidores seguem de olho na crise do setor imobiliário chinês. O aprofundamento da crise na gigante chinesa Evergrande - que está com uma dívida de US$ 35 bilhões, continua chamando a atenção do mercado e impactando a bolsa de valores na China, que operam em constante queda.

Vale lembrar que a empresa tem um plano para negociação da dívida, mas, ainda assim não tem conseguido arcar com os seus compromissos financeiros.

Outro destaque é os juros nos Estados Unidos. Na quarta-feira (20), o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) manteve os juros inalterados, entre 5,25% e 5,50%.

No entanto, mesmo com a interrupção das altas, o comunicado da instituição mostrou que nem todos os dirigentes concordavam com a decisão e que, dependendo dos próximos dados de inflação, novos aumentos das taxas podem vir pela frente.

Além disso, o BC norte-americano ainda sinalizou que os juros devem continuar em patamares elevados por vários meses, para conter a pressão inflacionária.

Por aqui, as atenções estão voltadas para a divulgação da ata da reunião do Comitê de Politíca Monetária do Banco Central (Copom) e na divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), que é a prévia da inflação.

O Banco Central avaliou nesta terça-feira (26) que as contas públicas estariam entre os fatores a pressionar a inflação e avaliou que seria "pouco provável", no momento atual, promover um ritmo de corte maior na taxa básica de juros da economia.

As informações constam na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom), realizada na semana passada, quando a taxa Selic caiu pela segunda vez consecutiva, passando de 13,25% para 12,75% ao ano. O corte foi de 0,5 ponto percentual.

Para as próximas reuniões, os integrantes do Copom concordaram, de forma unânime, com a expectativa de cortes de 0,50 ponto percentual e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo de desaceleração da inflação.

Copom faz novo corte na taxa básica de juros, e Selic cai de 13,25% para 12,75%

É o segundo corte seguido na taxa básica de juros, que começou a recuar em agosto deste ano. Com a decisão de hoje, índice chegou ao menor patamar dos últimos 16 meses.
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