Economia

Dólar abre com volatilidade, com guerra e possível recessão no radar

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Por Portal NC

24/10/2023 às 09:21:29 - Atualizado há
No dia anterior, a moeda norte-americana teve um recuo de 0,27%, cotada a R$ 5,0164, no menor patamar do mês. Já o Ibovespa caiu 0,33%, aos 112.785 pontos, no menor nível em três meses; movimento foi puxado por Petrobras. Dólar abriu com volatilidade

KEVIN DAVID/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O dólar abriu com volatilidade nesta terça-feira (24), oscilando entre altas e baixas. Por um lado, o tom mais positivo reflete o aumento dos esforços diplomáticos no Oriente Médio para tentar conter o conflito entre Israel e Hamas e evitar que a guerra envolva outros agentes, como rã e Hezbollah.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o Conselho de Segurança da ONU deve voltar a se reunir hoje para discutir o conflito e tentar chegar a um acordo de cessar-fogo e ajuda humanitária para os civis da Faixa de Gaza.

Em contrapartida, ainda há uma série de preocupações trazidas pela guerra que pesam sobre os negócios. Além disso, dados na zona do euro aumentam a percepção de que a região pode enfrentar uma recessão econômica em breve.

Veja abaixo o dia nos mercados.

Dólar

Às 09h03, o dólar caía 0,06%, cotado a R$ 5,0133. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana fechou o dia com baixa de 0,27%, vendida a R$ 5,0164. Com o resultado, passou a acumular perdas de:

0,27% na semana;

0,20% no mês;

4,96% no ano.

Ibovespa

O Ibovespa só começa a operar às 10h.

Na véspera, o índice fechou com baixa de 0,33%, aos 112.785 pontos. Com o resultado, passou a acumular:

quedas de 0,33% na semana e de 3,24% no mês;

ganho de 2,78% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

Para além de todos os danos humanitários causados pela guerra, do ponto de vista econômico, há uma grande preocupação com os possíveis efeitos que uma escalada do conflito possa causar no preço do petróleo e na dinâmica de inflação global.

Isso porque, embora a região de Israel e Palestina não tenha grandes reservas de petróleo, esse é um importante corredor logístico. O maior receio, porém, é que outros países da região, que é uma das mais importantes produtoras da commodity no mundo, se envolvam no conflito, o que poderia afetar a exportação do produto.

Com menos petróleo em circulação, a tendência é de alta no preço. Assim, por ser a fonte de energia mais utilizada no mundo, as expectativas são que haja uma pressão inflacionária sobre diversas cadeias produtivas, justamente em um momento em que vários países lutam para combater a inflação.

Essa cautela também está levando a uma disparada nos rendimentos dos títulos públicos norte-americanos desde a última semana, que atingiram os seus maiores patamares desde a crise de 2007.

Por serem considerados os ativos mais seguros do mundo, os investidores correm para esses títulos quando há incertezas políticas e econômicas.

Ainda no exterior, investidores também aguardam a divulgação de alguns dados econômicos importantes nesta semana nos Estados Unidos, como o Produto Interno Bruto (PIB) do 3° trimestre do país.

Já no Brasil, o dia foi de agenda mais fraca, contando apenas com o tradicional Boletim Focus — relatório do Banco Central (BC) que reúne projeções de economistas para os principais indicadores brasileiros.

Para este ano, a projeção dos analistas para o IPCA, a inflação oficial do país, recuou de 4,75% para 4,65%, dentro da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25% em 2023, podendo oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Para 2024, a estimativa de inflação caiu de 3,88% para 3,87% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
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