Economia

Governo aumenta projeção de rombo para 2023 e passa a prever déficit de R$ 177,4 bilhões

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Por Portal NC

22/11/2023 às 16:06:39 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet
Expectativa anterior era de um resultado negativo de R$ 141,4 bilhões. Equipe econômica tenta elevar arrecadação para zerar o déficit em 2024. Especialistas consideram meta 'ousada'. Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento)

REUTERS/Adriano Machado

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram nesta quarta-feira (22) um aumento na projeção de rombo das contas públicas em 2023.

A expectativa da área econômica é de que o déficit primário fique em R$ 177,4 bilhões neste ano, contra projeção anterior, feita em setembro, de resultado negativo de R$ 141,4 bilhões.

Com a alta no rombo das contas públicas, a "meta informal" do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fica mais distante. Em janeiro, Haddad afirmou que as contas teriam déficit de R$ 100 bilhões em 2023 – algo em torno de 1% do Produto Interno Bruto (PIB).

O déficit primário acontece quando as despesas ficam acima das receitas e não considera os gastos com os juros da dívida pública. Quando as receitas são maiores, o resultado é de superávit.

A informação consta do relatório de receitas e despesas do orçamento relativo ao quinto bimestre. O relatório é divulgado a cada dois meses.

Segundo o Tesouro Nacional, a meta para este ano é de déficit de R$ 213,6 bilhões – equivalente a 2% do PIB.

O aumento na projeção do rombo fiscal em 2023 ocorre em um momento em que o governo tenta aprovar, no Congresso, propostas para elevar a arrecadação federal.

A equipe econômica traçou a meta de zerar o déficit em 2024 – o objetivo é considerado "ousado" por políticos, especialistas e agentes do mercado financeiro. A meta já foi colocada em dúvida pelo próprio presidente Lula (PT).

Governo Federal afirma que vai manter meta de zerar rombo nas contas públicas no que vem

Bloqueio adicional de gastos

Os ministérios do Planejamento e Orçamento e da Fazenda também anunciaram nesta sexta-feira (22) que será necessário fazer um bloqueio adicional de R$ 1,1 bilhão no Orçamento deste ano.

Esse chamado "contingenciamento" é necessário para atender ao limite para gastos existente para ano de 2023.

Esse é o quarto bloqueio de gastos de 2023, que se somará aos outros três anunciados anteriormente.

Em maio, o governo já havia feito um contingenciamento de R$ 1,7 bilhão;

Em julho, foi anunciado outra limitação de R$ 1,5 bilhão;

Em setembro, mais R$ 600 milhões foram bloqueados.

Considerando o novo contingenciamento, o valor total do bloqueio de despesas no orçamento de 2023 subiu para quase R$ 5 bilhões.

O detalhamento de quais ministérios terão suas verbas limitadas será divulgado somente no fim deste mês. As despesas contingenciadas envolvem investimentos e custeio da máquina pública.
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