Comércio digital vendeu quase 16% mais do que na Black Friday do ano passado. Black Friday movimenta compras online em todo o Brasil
Com o fim da maratona de compras, começa agora a corrida para entrega dos produtos. E o uso da inteligência artificial na logística do varejo será decisivo para cumprir os prazos.
Às vezes parece que a internet adivinha os nossos pensamentos. Alguns toques no teclado e, de repente, um produto tão desejado aparece bem na sua tela. Mas calma, não é coisa sobrenatural. É a inteligência artificial entrando em cena.
"De fato, tem essa impressão de que a inteligência está escutando o que você está falando, mas na prática o que ela está buscando fazer é, com base na sua experiência, com base no seu histórico de compras, tentar te dar uma experiência cada vez mais personalizada", destaca Vinicius Almeida, especialista em IA - IPNET Growth Partner.
Lojas online apostam na inteligência artificial para acelerar a entrega dos produtos
Reprodução/TV Globo
Depois da compra feita, a inteligência artificial entra para agilizar a entrega. Numa cadeia de prateleiras, é ela quem traça a rota mais eficiente para a coleta dos itens vendidos. Nas esteiras, a tecnologia calcula o peso, tamanho e até a cor da caixa para separar os itens. A mão humana embala o produto, mas é a inteligência artificial que seleciona a embalagem adequada para cada tipo de material.
"A estrutura e a base dos processos da logística são sustentadas por tecnologia e por pessoas. Então são as duas coisas convivendo em conjunto para poder fazer com que o pacote chegue muito rápido na casa do consumidor", explica Luiz Augusto Vergueiro, diretor sênior de logística do Mercado Livre.
E precisa ser rápido mesmo. Só uma empresa fez 45 vendas online por segundo no terceiro trimestre do ano. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, o faturamento da Black Friday neste ano, apenas em compras online, pode ultrapassar R$ 7,1 bilhões.
Lojas online apostam na inteligência artificial para acelerar a entrega dos produtos
Reprodução/TV Globo
Na reta final, todos os produtos vão para um sistema inteligente, que faz a leitura da etiqueta e uma última separação dos itens por destino. Por isso, até que a esteira dá essa paradinha. É estratégia para que as embalagens caiam na última esteira no local certo e no tempo exato, para segundos depois cada item escorregar no tobogã da região do país onde deve ser entregue. Depois de chegar, os produtos vão direto para o caminhão.
E a tecnologia também está no processo de entrega.
"Primeiro, para montar a rota desse entregador, para que ela seja mais eficiente. E depois, conforme ele vai fazendo as entregas, às vezes eu preciso reatualizar essa rota. Então ela também é usada aí, porque se eu cheguei na casa de um consumidor que ele não estava, eu preciso voltar depois, eu preciso refazer essa rota. Então existe um processo de retroalimentação da roteirização do veículo e do caminho que ele vai fazer as entregas", explica Luiz Augusto Vergueiro, diretor sênior de logística do Mercado Livre.
E se o produto não agradou ou veio com defeito, o atendimento ao cliente será feito por um robô. Está certo que nem sempre a experiência é boa, mas é um caminho sem volta e que, claro, está sempre evoluindo.
"Então é um período muito importante para a economia, mas ao mesmo tempo é um período muito grande, principalmente na parte tecnológica, de você conseguir colocar a IA mais uma vez não só ajudando na qualidade do atendimento, mas ajudando no monitoramento de toda a estrutura necessária para que a gente possa dar suporte para esse período que a gente está passando", destaca Vinicius Almeida, especialista em Inteligência Artificial da IPNET Growth Partner.
Black Friday movimenta as compras online no Brasil
A Black Friday movimentou as compras online em todo o país. As vendas em sites de marcas próprias cresceram sessenta e sete por cento nesta sexta-feira na comparação com ontem. O pico das compras pela internet aconteceu entre dez da manhã e meio dia, segundo uma empresa especializada em tecnologia pro varejo.
Em relação a novembro passado, o comércio digital vendeu quase dezesseis por cento a mais. O meio de pagamento mais usado pelos brasileiros foi o cartão, seguido do PIX e do boleto bancário.
Entre os itens mais buscados: protetor solar e ar-condicionado ficaram no topo. Em seguida, vieram televisores e geladeiras.
Black Friday movimenta as compras online no Brasil
Reprodução/TV Globo
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