Ministério da Gestão também indicou aumento no auxílio-saúde e auxílio-creche. Valores foram propostos no Orçamento de 2024 e entregues em mesa de negociação permanente. O governo propôs, nesta segunda-feira (18), aumentar o auxílio-alimentação de servidores públicos federais para R$ 1 mil a partir de maio de 2024. Isso representa um reajuste de 52% no atual valor.
Esplanada dos Ministérios, em Brasília
TV Globo/Reprodução
Também foram defendidos aumentos no auxílio-saúde (de R$ 144,38 para cerca de R$ 215) e no auxílio-creche (de R$ 321 para R$ 484,90). Os valores foram propostos no Orçamento de 2024, que ainda depende de aprovação pelo Congresso.
A proposta foi entregue pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) à Mesa Nacional de Negociação Permanente – formada por representantes de nove ministérios e de sindicatos dos servidores.
Equiparação
Segundo a pasta, com a medida, o auxílio-alimentação dos servidores do Executivo será equiparado aos dos demais Poderes. Os reajustes serão sobre os benefícios e não sobre os salários.
"Apesar das restrições orçamentárias existentes, a ministra Esther [Dweck] fez enorme esforço para conseguirmos espaço financeiro que permitisse a elaboração da proposta que está sendo apresentada", afirmou em nota o secretário de Relações de Trabalho, José Feijóo.
A proposta de Orçamento de 2024 foi enviada ao Congresso em setembro, sem prever o reajuste salarial dos servidores públicos federais. Beneficiários do Bolsa Família também não terão reajuste no ano que vem.
Na ocasião, o governo argumentou que o impacto de um eventual reajuste para os servidores públicos poderia significar, em um cenário hipotético com aumento de 1% nos salários, um crescimento na folha de pagamento no valor de R$ 3,46 bilhões.
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Em 2023, o Orçamento aprovado pelo Congresso reservou R$ 11,6 bilhões para o reajuste dos servidores. Com isso, o governo firmou um acordo com os servidores para um reajuste salarial de 9% de maio deste ano em diante.
Além do aumento salarial, o acordo de 2023 também contemplou o aumento de R$ 200 no auxílio-alimentação. O tíquete passou de R$ 458 para R$ 658 mensais.