Um encontro reuniu cerca de 150 pessoas da mesma família, incluindo os mais de 100 bisnetos e tataranetos, na Fazenda Santa Lurdes, em Pompéia (SP).
A reunião dessa família "muito unida, e também muito ouriçada" foi realizada na sexta-feira (31) e no sábado (1º), após o feriado de Corpus Christi. Os descendentes dos Gianini resolveram aproveitar a data para reunir os parentes, sem excluir os mais distantes, para um almoço em celebração à história de todos.
História, esta, que tem origem no casal Antônio Gianini e Eliza Dadalto Gianini, filhos de italianos das regiões de Catanzaro e Veneto, mas nascidos em Bocaina, no centro-oeste paulista, durante a década de 1900.
O patriarca e a matriarca já morreram, sendo Antônio em 1982 e sua esposa cinco anos depois, mas os dois deixaram de legado uma "grande família", com mais de 150 pessoas.
"Eu não esperava que tantos primos e tios viessem para o nosso encontro. Convidei e todo mundo veio", explica Sérgio Gianini, de 70 anos, anfitrião da festa, dono da fazenda e neto de Eliza e Antônio Gianini.
Os avós do anfitrião se casaram em Bocaina, no dia 6 de setembro de 1925. Da união, nasceram 10 filhos, 42 netos e mais de 100 bisnetos e tataranetos. A família se mudou de Bocaina para Pompéia em 1942, onde viveu da agricultura e da pecuária.
Dos filhos do casal, o único vivo é Aparício Gianini, o tio Tico, de 73 anos. Hoje morador de São Paulo, capital, Aparício diz ter se emocionado com o reencontro. "Chorei muito ao lembrar da história da minha família e rever todo mundo junto", relata.
Durante a reunião familiar, teve passeio de cavalo, música, comida, bebida, missa, além das tradicionais "histórias de família" para rememorar e fortalecer essa relação que, além de atemporal, é capaz de atravessar gerações.
João Marcos Gomide, de 60 anos, um dos netos do casal originário Eliza e Antônio Gianini, conta que havia gente de todas as partes do Brasil e até do exterior.
A viagem mais longa foi a do bisneto Genival Jesus de Sena, de 50 anos, mestre e doutor em turbinas de avião, que veio de Londres, na Inglaterra, onde mora há sete anos. "Não podia perder esta oportunidade", diz.
"Minha mãe, Marina Gianini, contou muito da infância dela. Eu lembro que todo domingo tinha almoço na casa dos meus avós em Pompéia", relembra João Marcos Gomide.
A família Gianini, como qualquer outra brasileira, pode até "brigar por qualquer razão, mas sempre acaba pedindo perdão".
Ao final, o que fica do encontro são as histórias de irmandade que permeiam a centenária família. Mesmo não estando junto todos os dias, o grupo familiar mantém vivas as brincadeiras e cumplicidades.
"Foi incrível. Uma oportunidade para conhecer tanta gente que não conhecíamos, porque a família é muito grande", contam as irmãs Priscila, de 44 anos, e Aline Gianini, de 42 anos, que viajaram 600 quilômetros de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, para o reencontro.
