Na quinta-feira, o principal índice da bolsa de valores teve a maior queda diária em quase um ano, com recuo de 3,35%, a 109.775 pontos. Painel da B3, em São PauloSUAMY BEYDOUN/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDOO Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera instável nesta sexta-feira (11).Às 10h05, o índice caía 0,03%, a 109.743 pontos. Veja mais cotações. No dia anterior, a bolsa teve a maior queda diária em quase um ano. O Ibovespa recuou 3,35%, a 109.775 pontos, no pior desempenho desde 26 de novembro de 2021, quando caiu 3,39%. Com o resultado, o índice acumula queda de 5,40% no mês e alta de 4,73% no ano. LEIA TAMBÉM:Como o dólar valorizado afeta a todosPEC da Transição terá Bolsa Família fora do teto de forma permanente, diz relatorO que está mexendo com os mercados? O mercado financeiro deposita toda a atenção aos anúncios da equipe de transição de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na agenda de hoje, o foco é a divulgação da chamada PEC de Transição, que detalhará os fluxos de despesa para financiar as promessas feitas pelo petista em campanha e arrumar o orçamento falho deixado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).Como os planos não foram delineados, o mercado reagiu na quinta-feira ao discurso do presidente eleito, que indicou uma liberação de cerca de R$ 175 bilhões no Orçamento de 2023 além do teto de gastos, incluindo gastos permanentes."O mercado está preocupado com a dinâmica dos gastos públicos. Tem que ser uma dinâmica sustentável", afirmou Alessandra Ribeiro, economista e sócia da Tendências Consultoria, em entrevista a Globonews.Alessandra pontua, também, que ainda não há definição sobre quem estará na equipe econômica de Lula a partir do próximo ano, o que adiciona incertezas e volatilidade ao mercado. Investidores esperam a nomeação de uma pessoa mais alinhada ao centro do que a esquerda para as pastas da economia. (veja a entrevista abaixo)Mercado financeiro está bem cauteloso em relação ao aumento do gasto público e pelo teto de gastos, diz economista