No dia anterior, a moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,01%, vendida a R$ 5,4523. Cédulas de dólar
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O dólar opera em queda nesta quinta-feira (5), com investidores ainda atentos ao anúncio de medidas econômicas pelo novo governo.
Às 9h02, a moeda norte-americana caía 0,67%, vendida a R$ 5,4156. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana teve alta de 0,01%, vendida a R$ 5,4523, renovando a máxima desde 22 de julho de 2022 (R$ 5,4977). Com o resultado, a moeda acumula alta de 3,30% no ano.
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Rui Costa, da Casa Civil, disse que o governo não avaliar rever a Reforma da Previdência
O que está mexendo com os mercados?
O vaivém de declarações das pastas econômicas do governo Lula tem mexido com os mercados.
No início do dia, os investidores repercutiam declaração feita pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), na terça-feira (3) de que pretendia discutir a "antirreforma" da Previdência, em referência às regras aprovadas em 2019.
Na quarta, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou que "não há nenhuma proposta sendo analisada ou pensada" em relação a mudanças nas regras de aposentadorias e pensões.
Além disso, os investidores permanecem de olho nas sinalizações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na segunda-feira, ele afirmou que buscará uma "harmonização" entre a política fiscal (contas públicas) e monetária (definição de juros pelo Banco Central).
Haddad também afirmou que o Ministério enviará, no primeiro semestre, proposta de uma nova âncora fiscal para as contas públicas, substituindo o teto de gastos.
Na terça, o secretário-executivo do ministério, Gabriel Galípolo, disse à GloboNews que Haddad deve encaminhar ao presidente Lula até a próxima semana o que chamou de "plano de voo" para reduzir o déficit deste ano.
Secretário-executivo do Ministério da Fazenda diz que reforma tributária é necessária
Por que há desconfiança do mercado financeiro em relação a Lula?
O IBGE divulgou nesta quinta-feira que a produção industrial caiu 0,1% em novembro.
No cenário externo, o Federal Reserve (BC dos EUA) divulgou a ata da reunião em que aumentou em 0,50 ponto percentual o referencial de sua taxa de juros para o intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano, elevando o custo de crédito para seu maior nível desde 2007.
Todos as autoridades presentes na reunião de política monetária do Federal Reserve de 13 a 14 de dezembro concordaram que o banco central dos Estados Unidos deveria diminuir o ritmo de seus aumentos agressivos da taxa básica de juros, permitindo que o custo do crédito continue a ser elevado para controlar a inflação, mas de maneira gradual para limitar riscos ao crescimento econômico.
"A maioria dos participantes (da reunião) enfatizou a necessidade de manter a flexibilidade e a opção ao mudar a política monetária para uma postura mais restritiva", disse a ata.
Agora, os agentes econômicos aguardam o relatório mensal de empregos do Departamento de Trabalho, que será divulgado nesta sexta-feira e será um fator importante na próxima decisão de fevereiro do Fed.