Varejista afirmou que atitude 'contra o caixa da companhia prejudica sua viabilidade'. Na semana passada, empresa revelou ter detectado R$ 20 bilhões em 'inconsistências contábeis'. Americanas encontrou inconsistência contábil de R$ 20 bi.Ueslei Marcelino/ ReutersA Americanas afirmou nesta quarta-feira (18) que "a atitude unilateral de compensação dos credores contra o caixa da companhia prejudica sua viabilidade".A afirmação veio após bancos credores da varejista terem anunciado esforços judiciais contra a companhia, que na semana passada anunciou ter detectado "inconsistências contábeis" de R$ 20 bilhões. Dois dias depois, uma decisão judicial passou a proteger a empresa de credores por 30 dias.LEIA TAMBÉM:Quem perdeu e quem ganhou com o rombo bilionário da AmericanasVeja todas as marcas de que a Americanas é donaAmericanas perdeu R$ 64 bi em valor de mercado desde sua máxima histórica"Somente o Banco Bradesco reteve mais de R$ 450 milhões do caixa, agindo em desconformidade com a decisão da tutela antecipada", disse a Americanas em comunicado.Mais cedo, o Bradesco havia afirmado que pediu que a Justiça só permitisse que a Americanas retirasse recursos do banco mediante aval prévio.De lojinha de rua a império varejista: veja histórico da Americanas no paísJá o BTG Pactual conseguiu que a Justiça do Rio de Janeiro revertesse decisão que protegia a Americanas de ser cobrada por uma dívida de R$ 1,2 bilhão com o banco.A possibilidade de bloqueio servirá para que o banco possa se proteger de um eventual calote da Americanas. O aval, concedido pelo desembargador Flávio Marcelo de Azevedo Horta Fernandes, da 2ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro, reverte a decisão da desembargadora Leila Santos Lopes.A decisão da desembargadora, divulgada na semana passada, ordenava ao BTG que devolvesse o dinheiro que já havia retirado da Americanas para pagamento de uma linha de crédito, congelando temporariamente o pagamento das dívidas da varejista e revertendo qualquer tentativa de execução por parte dos bancos credores.A Americanas afirmou que "segue na busca por uma solução de curto prazo com os seus credores".