Segundo economista, o ideal é reservar pelo menos 30% do orçamento para gastos com a criança. Pai e filho com as mãos neste Dia dos Pais 14 de agosto
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Fraldas, roupas, fórmulas, brinquedos e uma série de equipamentos para o transporte e segurança do bebê. Seja para os papais de primeira viagem ou para os mais experientes, a chegada de uma criança pode pesar no bolso e requer um bom planejamento do orçamento familiar.
Segundo o coordenador do curso de economia da Fundação Getúlio Vargas (FVG), Joelson Sampaio, o ideal é que os pais reservem pelo menos 30% do seu orçamento para a criança - e há chances desse valor ficar ainda maior.
Além disso, com a inflação ainda pesando, o poder de compra dos brasileiros também tem ficado cada vez menor - afetando principalmente aqueles que recebem salário mínimo.
Para ajudar você a ficar por dentro dos custo dos itens infantis, o g1 conversou com o Buscapé, plataforma de pesquisa de preço, que fez um levantamento do valor de nove entre os itens buscado pelos pais.
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Como se preparar para a chegada de um bebê?
Segundo especialistas, os pais devem se preparar financeiramente durante a gestação. Uma possibilidade é abrir uma conta bancária no nome da criança para que os pais comecem a criar uma reserva financeira. A conta também pode ser usada em uma eventualidade ou para o futuro, como o pagamento de uma faculdade.
Conta bancária para crianças: veja como abrir e como funciona
De acordo com a pesquisa, a fralda é o item mais usado durante o primeiro ano de vida do bebê. Segundo o médico pediatra Marcelo Otsuka, a criança pode gastar de 5 a 6 fraldas por dia, ou até mais, totalizando quase 200 fraldas no mês. Isso seria equivalente ao consumo de cinco pacotes com 40 fraldas por mês - o que, no orçamento, se traduziria em um gasto de R$ 196,35.
“Tudo vai depender da formação de cada criança, algumas podem evacuar até nove vezes no dia”, diz o médico.
Ele também destaca que uma criança pode triplicar de tamanho nos cinco primeiros meses, mudando o tamanho e o preço das fraldas.
Ajuda nas contas
Para economizar, alguns pais fazem o famoso chá de bebê, reunindo amigos e familiares. Na data, os convidados levam fraldas e outros produtos de uso diário na vida da criança.
Foi o que a Denise Dias fez durante a gravidez do filho, Kauã, de 2 anos. Ela conta que conseguiu cerca de 60 pacotes pequenos de fraldas, com 20 a 24 unidades cada. Para ela, o investimento para fazer o evento compensou.
"Vale a pena fazer um chá de bebê. Gastei pouco no evento e ainda ganhei muitas fraldas. Foi apenas quando ele [filho] completou 9 meses que eu comecei a comprar novas unidades", diz Dias.
O passo a passo do planejamento financeiro
Aproveite os nove meses para colocar as contas em dia para a chegada do pequeno.
Faça uma planilha ou anote em um caderninho todos os gastos para ter uma visibilidade maior do orçamento. Organize as contas por prioridade e avalie quais gastos podem ser cortados.
Em seguida, faça uma pesquisa nas principais lojas e na internet sobre os menores preços.
Orçamento apertado? Veja como poupar
A chegada dos novos gastos, no entanto, não significam que a família precisará ficar com as contas no vermelho. Segundo os especialistas, vale buscar alternativas de preço e produtos para economizar.
Na hora de comprar os móveis para o quarto do bebê, por exemplo, a dica é que os pais busquem produtos usados que estejam em boas condições, como o berço - que é um dos itens mais caros da lista de aquisições. Dessa forma, a família consegue reduzir o valor da compra para investir no colchão, uma vez que os produtos costumam ser vendidos separadamente.
Com o tempo e caso os pais mantenham o produto em bom estado, também será possível fazer a troca ou a venda do berço por uma cama, cortando ainda mais despesas.
Outra dica dada pelos especialistas é a compra de móveis para o uso de longo prazo, como guarda-roupas e outros itens de mobília. Assim, o móvel ainda será útil na infância da criança.
Além disso, há alternativas até mesmo para as roupas e sapatos - principalmente tendo em vista que uma criança ganha, em média, 900 gramas por mês.
Nas redes sociais, é possível encontrar grupos de mães que trocam e vendem diversos objetos - como cadeirinha de crianças para o carro, roupas, sapatos, brinquedos, carrinhos, entre outros -, sendo possível encontrar até mesmo produtos sem uso algum e que precisaram ser vendidos pelo rápido crescimento das crianças.