No dia anterior, a moeda norte-americana teve um recuo de 0,32% e fechou vendida a R$ 5,0444. DólarPixabayO dólar abriu em alta nesta sexta-feira (3), depois de dias consecutivos de baixa, com investidores repercutindo dados econômicos internos e externos.Às 09h02, a moeda norte-americana tinha alta de 0,95%, negociada a R$ 5,0922. Veja mais cotações. Na quinta-feira (2), a moeda norte-americana recuou 0,32%, a R$ 5,0444, a menor cotação de fechamento desde 29 de agosto de 2022. No decorrer do dia, no entanto, a queda foi mais acentuada e a moeda chegou a ser negociada abaixo dos R$ 5 pela primeira vez desde junho. Com o resultado, o dólar passou a acumular perda de 1,30% na semana, de 0,57% no mês e de 4,43% no ano. LEIA TAMBÉM: ENTENDA: O que faz o dólar subir ou cair em relação ao real COMERCIAL X TURISMO: qual a diferença entre a cotação de moedas estrangeiras e por que o turismo é mais caro?DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?O que está mexendo com os mercados?O tombo do dólar na véspera foi desencadeado em parte pela decisão da véspera do Federal Reserve (BC dos EUA) de elevar a meta de taxa de juros em 0,25 ponto percentual, uma desaceleração em relação a aumentos anteriores de 0,50 e até 0,75 ponto."Ganhou força desde o final do ano passado a ideia de que o Fed ia desacelerar a alta de juros, e isso se concretizou ontem e enfraquece o dólar em relação às moedas todas, é um movimento global", disse à Reuters Bruno Mori, planejador financeiro pela Planejar.Além disso, na quarta-feira (1º) o Banco Central do Brasil decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano e ressaltou que a incerteza fiscal e a deterioração nas expectativas de inflação do mercado elevam o custo para que a autoridade monetária atinja suas metas, sugerindo taxas altas por mais tempo."A ideia de que os juros não vão cair tão cedo ganham cada vez mais força e evidência prática, e o fluxo para o mercado local tende cada vez mais a aumentar", explicou Mori, destacando o amplo espaço entre os patamares de juros no Brasil e nos Estados Unidos.Quanto maior o diferencial entre os custos dos empréstimos domésticos e internacionais, mais atraente fica o real para uso em estratégias de "carry trade", que consistem na contratação de empréstimo em país de juro baixo e aplicação desses recursos em praça mais rentável. Desta forma, a manutenção da Selic no nível elevado atual e um arrefecimento do aperto monetário do Fed jogam a favor da divisa brasileira.Com o real nadando a favor da correnteza, a tendência para o mês de fevereiro é de que o dólar rompa definitivamente a barreira dos R$ 5 para baixo, acrescentou o especialista à Reuters. Nesta quinta, o Banco Central Europeu aumentou novamente as taxas de juros e indicou pelo menos mais uma alta no próximo mês. O BCE vem aumentando os juros a um ritmo recorde para combater o repentino surto de inflação na zona do euro. O banco central dos 20 países que compartilham o euro aumentou a taxa de depósitos bancários em mais 0,5 ponto percentual, para 2,5%. O banco ainda afirmou que o próximo aumento da taxa será do mesmo tamanho.LEIA TAMBÉMENTENDA: Como uma nova alta de juros pelo Fed afeta o Brasil?HISTÓRICO: Desempenho do real foi pior nos governos Dilma e Bolsonaro