Ministro da Fazenda se reuniu com presidentes de comissões do Senado nesta terça-feira (25). Governo detalha pacote de medidas para destravar crédito e impulsionar investimentosEm reunião com senadores nesta terça-feira (25), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu apoio das comissões do Senado ao pacote de medidas para estimular o mercado de crédito no país. A informação é dos senadores Humberto Costa e Jaques Wagner (PT-BA), que participaram do encontro. Além deles, estiveram presentes outros cinco parlamentares, todos presidentes de comissões do Senado. A reunião foi solicitada pela Fazenda. O pacote de medidas para estimular o mercado de crédito foi apresentado na semana passada pelo Ministério da Fazenda. Ele inclui três projetos de lei já em tramitação no Congresso Nacional, que passaram a receber o apoio formal do governo, e seis propostas que ainda serão enviadas ao Congresso."Falou-se muito sobre essa questão das propostas que buscam incentivar o crédito", disse Costa. "[A Fazenda] vai mandar depois as propostas propriamente ditas [os seis projetos que faltam]", completou.LEIA TAMBÉM:Equipe econômica detalha pacote de medidas para destravar crédito e impulsionar investimentosHaddad participou do início da reunião e depois teve que sair, pois embarcou para Foz do Iguaçu, onde participará de reunião do conselho de Itaipu, do qual ele faz parte. A reunião na Fazenda continuou, conduzida pelo secretário de reformas econômicas, Marcos Barbosa Pinto, mentor do pacote de crédito.'Jabutis'Após o fim do encontro, o senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, comentou que Haddad demonstrou preocupação com medidas aprovadas no Congresso que acabam resultando em perda de arrecadação pela União.O ministro alertou que, normalmente, essas aprovações ocorrem por meio de "emendas jabutis", ou seja, emendas estranhas ao assunto principal do projeto.Haddad citou aos senadores, segundo o relato de Wagner, que foi por meio de uma emenda jabuti que a União deixou de arrecadar cerca de R$ 90 bilhões por ano. Isso porque uma emenda permitiu que as empresas abatessem incentivos fiscais concedidos por estados, via ICMS, da base de cálculo de impostos federais.Reduzir as renúncias fiscais é uma das prioridades do ministério da Fazenda para aumentar a arrecadação e conseguir zerar o déficit das contas do governo em 2024 e passar a ter superávits a partir de 2025. Nesta terça-feira, a Receita confirmou que estudos estão em elaboração sobre o tema.