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Economia

Família do ES que vende polpa de açaí aproveita caroços da fruta para produzir café no ES


Negócio começou com produção para consumo próprio. Depois que um amigo sugeriu a ideia, os produtores testaram e estão popularizando o "café de açaí" no estado. Café de açaí: bebida já conhecida no Norte do país já é produzida no ES

A família dos produtores de polpa de açaí Cleiton Nascimento e Cássia Rosa do Nascimento, moradores de Viana, na Grande Vitória, resolveu aproveitar os caroços que sobram da fruta para fabricar uma bebida muito conhecida na região do Pará: o "café de açaí". O produto ainda é pouco conhecido no restante do país.

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Café de açaí produzido por produtores do ES

Reprodução/TV Gazeta

A bebida é preparada com a torra e a moagem dos grãos que sobram após a retirada da polpa da fruta, processo semelhante ao que é feito no café tradicional.

Atualmente, na época da safra, entre fevereiro e maio, a família produz 120 quilos de açaí por dia.

Polpas de açaí produzidas no ES

Reprodução/TV Gazeta

Negócio começou com produção para consumo próprio

Cleiton, que também é bombeiro hidráulico, contou que é vegetariano desde a infância e sempre teve uma relação de amor com o fruto tão popular no Norte do país e também apreciado por toda a família.

"Vim de Belo Horizonte pra cá e comecei a comprar o açaí nos atacadões. Em uma viagem pra Macapá, comprei uma despolpadeira, trouxe parta o Espírito Santo e comecei a sair nas roças e produzir o açaí", disse Cleiton.

O empreendimento familiar começou quando ele decidiu produzir e colher o próprio açaí e arrendou três plantações que ficam nas zonas rurais de Viana, Guarapari e Fundão, na Região Metropolitana de Vitória. Juntas, as áreas somam seis hectares.

Colheita de açaí no ES

Reprodução/TV Gazeta

Inicialmente, o açaí produzido era apenas para o consumo da família, porém, com o passar do tempo, era tanta polpa que mal tinha espaço para guardar. Foi então que a vendedora Cássia, esposa de Cleiton, teve a ideia de comercializar as polpas.

"Dava pra encher um freezer e falei: 'bora vender'. Ele não queria e falou: 'não, é só pra comer'. Falei: 'vamos vender' e hoje estamos aí", contou Cássia.

Empreendedora Cássia mostra polpas de açaí produzidas pela família no ES

Reprodução/TV Gazeta

Problema virou fonte de renda

Com a retirada da polpa do açaí, os caroços eram utilizados para fazer mudas de novas plantas. Porém, a sobra ficou grande e o casal de produtores não sabia mais o que fazer. Foi aí que um cliente sugeriu que a família também fizesse o "café de açaí".

"Ele chegou e falou que ficou sabendo que poderia fazer café de açaí através do caroço, e que ele era medicinal e gostaria de comprar na minha mão. Me incentivou a comprar as máquinas. Com isso, comprei uma máquina manual e fui fazer uma experiência. Fiz, tomei, achei saboroso, saudável. Então, comprei os maquinários e comecei a produção do café de açaí", contou Cleiton.

Grãos de açaí são torrados e transformados em pó de "café de açaí" no ES

Reprodução/TV Gazeta

Por dia, são cerca de 200 pacotes de café de açaí e o trabalho agora está envolvendo mais membros da família. Paulo Roberto do Nascimento, irmão de Cleiton, saiu de Minas Gerais e foi para o Espírito Santo para ajudar na produção.

"Foi surpresa. Nunca tinha ouvido falar. Até comecei a passar pra alguns amigos em Belo Horizonte", contou Paulo Roberto.

Rebecca Rosa do Nascimento, filha de Cleiton e Cássia, tem apenas sete anos e já aprendeu a gostar e preparar o café diferente.

Rebeca, filha de casal de produtores ensina receita de "café de açaí"

Reprodução/TV Gazeta

"Três colheres de sopa de pó de café de açaí para um litro de água. Gosto de tomar com biscoito e pupunha", disse Rebeca.

Os pacotes de café de açaí são vendidos nas feiras livres de Campo Grande, em Cariacica, e de Jardim Camburi, em Vitória. Cleiton disse que o produto ainda não é muito conhecido, mas tem feito sucesso entre os clientes, principalmente os que querem evitar a cafeína.

Cleiton Nascimento, produtor de polpa de açaí e café de açaí no ES

Reprodução/TV Gazeta

"Ele não tem a cafeína, que é um estimulante. Dá pra tomar um café da manhã saboroso porque ele é gostoso. Muitas pessoas compram até por curiosidade, pra saber como é o café. Depois que a gente começou a degustação na feira, no copinho, eles [os clientes] provam e passam a adquirir mais", contou Cleiton.

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