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Economia

IPCA de maio veio abaixo do esperado pelo mercado e 'processo desinflacionário' está ocorrendo, diz Planejamento

Resultado da inflação em maio representa uma forte desaceleração de 0,38 em relação ao mês de abril.


Resultado da inflação em maio representa uma forte desaceleração de 0,38 em relação ao mês de abril. Governo tem pressionado o Banco Central a começar a reduzir a taxa de juros, atualmente em 13,75% ao ano, o maior patamar em seis anos e meio. O Ministério do Planejamento e Orçamento avaliou nesta quarta-feira (7) que há um processo de desaceleração da inflação acumulada.

"É fato que haverá um aumento deste indicador a partir de julho, devido ao efeito base, mas deve-se destacar que os resultados divulgados são inferiores ao projetado pelo mercado e que o processo desinflacionário está ocorrendo", acrescentou a pasta.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou mais cedo que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a inflação oficial do Brasil, subiu 0,23% em maio. No acumulado em 12 meses até aqui, o IPCA registra alta de 3,94%.

Esse resultado representa uma forte desaceleração de 0,38 ponto percentual em relação a abril, quando a inflação avançou com mais força, a uma taxa mensal de 0,61% e a uma taxa anual de 4,18%.

Os números vieram bem abaixo das projeções do mercado financeiro, de alta de 0,33% na comparação com o mês anterior e de 4,05% ano a ano.

Alta nos próximos meses

O "efeito base" citado pelo Ministério do Planejamento é que, a partir de julho, o índice acumulado de preços na janela de 12 meses volte a uma trajetória de alta, avançando novamente.

Isso está relacionado com base de comparação para o acumulado em 12 meses. No ano passado, os meses de julho, agosto e setembro apresentaram deflação por causa das desonerações de itens essenciais ao longo da corrida eleitoral.

Dessa forma, a expectativa é que, nas divulgações que acontecem ao longo do segundo semestre deste ano, a redução de impostos em itens importantes para a inflação comece a sair da contagem. Isso resulta, consequentemente, em um aumento do índice de inflação em 12 meses.

Tebet vê queda de juros em agosto

Na semana passada, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que sua expectativa é de que o Banco Central comece a baixar os juros no segundo semestre deste ano.

Para Tebet, "todos os fatores macroeconômicos internos estão positivos". A taxa atual da Selic, de 13,75%, é a maior em seis anos e meio. "Complementei dizendo que achava que a partir de agosto já temos condições [de baixar os juros]", acrescentou.

Na ocasião, ela citou as projeções da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, que apontam para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,9% neste ano e de 2,3% em 2024, além de uma taxa de inflação abaixo de 6% em 2023 e de 4% no próximo ano.

Entenda as projeções para a taxa de juros

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, responsável por definir a taxa Selic, ocorre nos dias 20 e 21 de junho. Após essas datas, o encontro seguinte está marcado para os dias 1º e 2 de agosto.

Em pesquisa realizada na semana passada com mais de 100 instituições financeiras, a projeção dos economistas dos bancos é de que a taxa Selic comece a cair, porém, somente na reunião seguinte, em 19 e 20 de setembro.

O atual patamar da taxa de juros, em 13,75% ao ano, o maior em seis anos e meio, tem sido alvo constante de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que atenta para o seu efeito sobre o emprego no país.

Em busca do atingimento das metas de inflação, o BC tem informado em seus comunicados que o processo de redução da inflação "demanda serenidade e paciência na condução da política monetária [definição dos juros]".

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