Economia

'Cariocas da roça': agricultores do Rio de Janeiro investem na produção de plantas ornamentais

No bairro de Guaratiba, produtores são inspirados pelo paisagista Roberto Burle Marx, que criou um grande laboratório de espécies ornamentais em plena 'Cidade Maravilhosa'.

Por Portal NC

13/08/2023 às 09:45:22 - Atualizado há
No bairro de Guaratiba, produtores são inspirados pelo paisagista Roberto Burle Marx, que criou um grande laboratório de espécies ornamentais em plena 'Cidade Maravilhosa'. 'Cariocas da roça': agricultores do Rio investem na produção de plantas ornamentais

Uma riqueza de paisagens no Rio de Janeiro que vai muito além das praias. A "Cidade Maravilhosa" também abriga uma bela coleção de plantas ornamentais.

Elas ficam, mais especificamente, no extremo oeste da cidade, no bairro de Guaratiba, próximo aos mais de 12 mil hectares do Parque Estadual da Pedra Branca. É lá, por exemplo, onde está a produção de Victor Paes Leme, especialista em dracenas e palmeiras.

Na contramão do Rio mais turístico, Victor faz parte dos mais de 200 "cariocas da roça" que trabalham com plantas ornamentais.

Juntos, os produtores geram aproximadamente 4 mil empregos, diretos e indiretos. Os números impressionam, mas nem sempre foi assim.

A vocação do bairro Guaratiba para o setor foi desencadeada após o paisagista Roberto Burle Marx comprar uma propriedade no local e criar um laboratório de plantas ornamentais.

Burle Marx, que é mundialmente conhecido, organizou expedições botânicas a fim de conhecer e coletar vegetação com potencial ornamental. Pensando no futuro, o paisagista chegou a doar o seu sítio em Guaratiba para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Diante de tamanha exuberância, o local se tornou um Patrimônio Mundial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Confira a 1ª parte da reportagem no VÍDEO ACIMA.

Beleza que movimenta a economia

Plantas ornamentais movimentam a economia do bairro carioca de Guaratiba

Burle Marx se mudou para o seu sítio no início da 1970, onde viveu até a sua morte, em 1994.

O seu trabalho fez a diferença para os agricultores que vivem no entorno do seu sítio, que passaram a produzir as plantas ornamentais, não pela beleza, mas pelo valor agregado muito maior que as frutas e hortaliças cultivadas no local.

A agricultura Adelaide Santos conta, inclusive, que as vendas do mercado de plantas ornamentais estão em um momento muito bom.

Além disso, com o objetivo de fortalecer o setor, o estado do Rio de Janeiro mantém uma linha de financiamento voltada para a melhoria da produção. O Projeto Florescer disponibiliza até R$ 100 mil por produtor, com juros de 2% ao ano. Veja a 2ª parte da reportagem no VÍDEO ACIMA.
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