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Economia

Dólar opera em baixa, abrindo semana de expectativas por decisões de juros no Brasil e nos EUA

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Na última sexta-feira, a moeda norte-americana recuou 0,03%, vendida a R$ 4,8706, acumulando queda de 2,24% na semana. Dólar opera em baixa

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O dólar opera em queda nesta segunda-feira (18), iniciando uma semana importante para a economia em todo o mundo. Nos próximos dias, os bancos centrais de diversos países - com destaque para Brasil, Estados unidos, China e Japão - anunciarão suas decisões de política monetária, com as novas taxas de juros para cada região.

Enquanto investidores aguardam ansiosos por essas reuniões, o mercado doméstico repercute novos dados do Boletim Focus, o relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne as projeções de economistas para os principais indicadores econômicos do país. No exterior, os sinais de estabilização da economia chinesa ajudam a animar o pregão.

Às 09h20, a moeda norte-americana caía 0,24%, cotada a R$ 4,8589. Veja mais cotações.

Na última sexta-feira (15), o dólar fechou com baixa de 0,03%, depois de oscilar bastante ao longo do dia, vendido a R$ 4,8706, renovando o menor patamar do mês até agora. Com o resultado, a moeda passou a acumular quedas de:

2,24% na semana;

1,60% no mês;

e de 7,72% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

Essa é uma semana de grande importância para a economia global, que marca as últimas decisões de política monetária do terceiro trimestre de 2023.

A mais importante dessas decisões é a do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que anuncia suas novas taxas de juros na próxima quarta-feira (20). Atualmente, as taxas nos Estados Unidos estão entre 5,25% e 5,50% ao ano, no maior patamar em mais de duas décadas.

Se os juros sobem no país, o rendimento dos seus títulos públicos também ficam maiores. Por se tratar da maior economia do mundo, esses títulos são considerados os mais seguros e, com uma maior rentabilidade, atraem mais investidores - o que leva a uma migração do capital estrangeiro, valorizando o dólar frente a outras moedas.

No entanto, não há consenso no mercado sobre qual será a decisão. Há quem espera um novo aumento, mas muitos especialistas apostam que o Fed deve manter os juros inalterados, uma vez que os últimos dados de inflação vieram em linha com as projeções.

Também na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne para decidir a nova Selic, taxa básica de juros do Brasil, hoje em 13,25% ao ano. Diferente dos Estados Unidos, as expectativas por aqui são de que o Copom promova mais um corte nos juros, de pelo menos 0,50% ponto percentual.

A expectativa maior fica, na verdade, com o que o Copom vai sinalizar em seu comunicado após a reunião: se haverá novos cortes na taxa Selic nos próximos meses e quais serão as suas magnitudes.

Além de Brasil e Estados Unidos, investidores também estão de olho nas decisões de política monetária em outros países, como China e Japão, nesta sexta-feira (22).

Neste pregão, outra coisa que mexe com os negócios é o Boletim Focus. Na edição do relatório desta semana, os economistas ouvidos pelo BC reduziram as suas estimativas para a inflação brasileira em 2023 e em 2024. Para este ano, as projeções caíram de 4,93% para 4,86%. Para o próximo, de 3,89% para 3,86%.

O boletim também trouxe um aumento nas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em 2023, o mercado elevou as expectativas de crescimento de 2,64% para 2,89%. Já no próximo ano, as previsões passaram de alta de 1,47% para 1,50%.

No exterior, a melhora nos indicadores econômicos da China na última sexta-feira continua a impulsionar os negócios. As vendas no varejo e produção industrial do país cresceram acima do esperado, trazendo a perspectiva de que a segunda maior economia do mundo está se estabilizando.

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