O vereador reeleito Osvaldo Alonge (Solidariedade), de Oriente, enfrenta sérias complicações judiciais que podem resultar na cassação de seu mandato e em sua inelegibilidade. A Justiça Eleitoral desaprovou as contas de sua campanha devido a irregularidades consideradas graves, como a falta de abertura de conta bancária específica e a ausência de extratos completos para comprovação de movimentações financeiras.
Em sua sentença, o juiz eleitoral Gilberto Ferreira da Rocha destacou a gravidade da irregularidade, afirmando que ela compromete a transparência e impede a fiscalização adequada. O magistrado ressaltou que a abertura de conta bancária é um requisito essencial e obrigatório para os candidatos, independentemente de haver arrecadação ou movimentação de recursos financeiros.
A desaprovação das contas foi confirmada após pareceres da Unidade Técnica da Justiça Eleitoral e do Ministério Público Eleitoral, que reforçaram a gravidade das inconsistências. Mesmo após apresentar esclarecimentos, Alonge não conseguiu reverter a decisão.
Além disso, tramita contra o vereador uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) envolvendo suposta fraude em cotas de gênero no Solidariedade. A denúncia aponta que uma das candidatas do partido, Bazinha, obteve apenas dois votos, levantando suspeitas de que sua candidatura foi fictícia, apenas para cumprir o percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas.
Caso a fraude seja comprovada, todos os votos do Solidariedade poderão ser anulados, impactando o quociente eleitoral e a composição da Câmara Municipal de Oriente. Além de Osvaldo Alonge, a vereadora eleita Mônica de Oriente (193 votos) também poderá perder o mandato.
A decisão final sobre a situação do vereador e do partido ainda depende da análise judicial dos casos em tramitação.