Com dívidas trabalhistas, fiscais, judiciais e extrajudiciais, o departamento de futebol do São Caetano estava tentando ser vendido através de um leilão. Duas tentativas, em dezembro do ano passado e em janeiro, foram frustradas por falta de interessados. O lance inicial, que foi de R$ 90 milhões nas duas vezes, caiu para R$ 60 milhões no terceiro pregão, que terminaria às 13 horas (de Brasília) desta quinta-feira. A redução era mais uma esperança para que aparecesse alguém disposto a investir no clube.
Em seus anos de ouro, o São Caetano contava com o aporte financeiro de um dos empresários mais ricos do Brasil na época. Saul Klein, herdeiro da rede de lojas Casas Bahia, ajudou o clube até 2020, quando rompeu com a diretoria. Nos últimos anos da parceria, a crise financeira foi enorme ao ponto de a agremiação acumular mais de seis meses sem pagar salários para jogadores, fornecedores e funcionários. Até um W.O., pela recusa dos atletas de entrar em campo, e uma goleada por 9 a 0 aconteceram na Série D do Brasileiro de 2020.
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Das glórias à crise
Atualmente, o São Caetano disputa a Série A2 do Paulista e está em situação muito difícil. Após a derrota por 2 a 1 para o Noroeste, em Bauru (SP), nesta quarta-feira, pela 10ª rodada, o time ocupa a 15ª e penúltima colocação, dentro da zona de rebaixamento, com nove pontos – só está à frente do Monte Azul, que tem quatro. O XV de Piracicaba, com 10, é quem está fora da degola, em 14º lugar.
Faltam cinco rodadas para o término da fase de classificação. O próximo compromisso do São Caetano será neste sábado, às 15 horas (de Brasília), contra o Comercial, no estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul.