Receita Federal começa a apresentar nesta semana às empresas de outros países programa que elas poderão aderir para assegurar o cumprimento da legislação brasileira e facilitar o ingresso dos produtos no país. Os compradores de produtos de sites internacionais serão informados no futuro dos preços totais dos produtos já com a cobrança do imposto de importação de 60%, segundo interlocutores do Ministério da Fazenda.Nesta semana, a Receita Federal começa a apresentar para as empresas de outros países, com Shopee e Shein, por exemplo, o chamado "programa de conformidade" que elas poderão aderir. PERGUNTAS E RESPOSTAS: Compras de lojas virtuais estrangeiras ficarão mais caras? Meus produtos irão parar em Curitiba?ENTENDA: Como funciona o esquema que burla o imposto na venda de produtos em sites chineses ao BrasilEsse programa trará uma série de ações para assegurar o cumprimento da legislação brasileira, com recolhimento de tributos, e facilitação do comércio. As empresas envolvidas, o que pode abranger também as transportadoras, serão responsáveis por preencher uma declaração antecipada. Isso facilitará o ingresso das mercadorias no país ao agilizar os trâmites aduaneiros.No mês passado, o governo chegou a informar que acabaria com a isenção até US$ 50 para envios por pessoas físicas. Depois, porém, recuou da decisão e anunciou que intensificaria a fiscalização para não mais permitir fraudes utilizada por algumas empresas do exterior, que usavam essa regra para não recolher a tarifa de importação.O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em abril que algumas empresas chinesas de comércio eletrônico praticam "concorrência desleal" com companhias do Brasil ao burlar as regras de importação.