A CBF divulgou nesta terça-feira um vídeo em seu site oficial no qual o presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Luiz Seneme, analisa os lances mais polêmidos da oitava rodada do Campeonato Brasileiro, disputada no último final de semana, e revela os áudios do VAR (árbitro de vídeo.
A CBF divulgou nesta terça-feira um vídeo em seu site oficial no qual o presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Luiz Seneme, analisa os lances mais polêmidos da oitava rodada do Campeonato Brasileiro, disputada no último final de semana, e revela os áudios do VAR (árbitro de vídeo. Entre eles está a anulação do gol de bicicleta do atacante Rony, do Palmeiras, contra o Atlético-MG, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, por impedimento no início da jogada.
O lance com Rony, quando a partida ainda estava empatada sem gols – terminou 1 a 1 -, gerou muitas reclamações por parte da diretoria do Palmeiras, que alega que foi traçada de forma errada a linha de impedimento com o zagueiro Jemerson. Era para ser no ombro do atacante alviverde e não no braço, além da imagem, em ângulo diagonal, ser inconclusiva.
Para Seneme, todas as decisões tomadas pela cabine do VAR foram corretas. “Ele estabeleceu o quadril (de Jemerson) para traçar a linha do defensor de maneira correta. Depois, ele busca a linha no ombro do Rony porque, diferente do defensor, esse é o ponto de contato mais à frente. Por isso, a linha foi colocada um pouco no ombro do Rony”, afirmou o dirigente.
“Podemos ver em seguida que a linha vermelha não está tocando na azul. Existe uma separação entre a linha vermelha, no ombro do Rony, e a linha azul, no quadril do defensor do Atlético-MG. Isso caracteriza o impedimento, por mais que seja um golaço. E realmente é. As marcações e o VAR trabalharam de maneira correta. Tudo isso nos garante que a revisão foi bem feita e que o gol teve que ser anulado”, explicou.
O dirigente ainda explicou as razões de uma câmera que ficou com uma imagem diagonal ter sido usada pela cabine do VAR ao invés da central. “Algo bastante importante primeiro. Alguém pode dizer: ‘Por que não colocou outra câmera, uma câmera que desse para ver o lance mais em linha reta’. A gente explica. Primeiro ponto: a transmissão de TV é que dá os ângulos que o VAR pode usar. O limite do VAR está dentro do limite da transmissão. O VAR trabalha com as câmeras de transmissão de TV. Esse é um ponto importante”, disse.
“A única câmera além do que a que o árbitro de vídeo utilizou, que é a câmera de linha de impedimento, seria a câmera 1, que é a câmera máster do meio de campo. Mas, se a gente olhar a câmera 1, no momento do passe (do zagueiro paraguaio Gustavo Gómez), não temos (o Rony) dentro do quadro da câmera máster. Não temos os jogadores que estão disputando a bola lá na frente. A limitação dessa câmera impede o uso dela, então limita o uso”, prosseguiu Seneme, que finalizou.
“Por isso, tenho que buscar o recurso da câmera 16.50. Mas não é algo negativo para o software porque ele, quando analisa a diagonal, no visual pode parecer prejudicado, mas o software corrige isso como se a câmera estivesse em linha reta com aqueles dois jogadores. Por isso, na nossa visão, o árbitro trabalhou corretamente com o que podia, dentro do que podia e da maneira correta”.