Economia

Em audiência no Congresso, setor de serviços expõe preocupação sobre alíquota maior na reforma tributária

Secretário do governo, Bernard Appy afirma que a reforma beneficiará todos os setores, que devem ter aumento de PIB.

Por Portal NC

27/06/2023 às 17:25:21 - Atualizado há
Secretário do governo, Bernard Appy afirma que a reforma beneficiará todos os setores, que devem ter aumento de PIB. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) demonstrou preocupação com o aumento de impostos no setor de serviços com a reforma tributária, em audiência no Congresso nesta terça-feira (27).

Segundo o consultor tributário da CNC, Gilberto Alvarenga, para empresas que pagam cerca de 8,65%, uma alíquota de 25% significaria quase triplicar o valor da alíquota.

"Quando falamos de empresas no regime cumulativo, elas podem ter um aumento na carga tributária, [e elas] não veem a possibilidade de repassar isso para o consumidor final, então essa é uma grande preocupação. A CNC apoia a reforma tributária e esse projeto, mas faz algumas ressalvas", disse Alvarenga.

Para o secretário extraordinário de Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, todos os setores serão beneficiados. Além da implementação da não cumulatividade dos impostos, o aumento da renda das famílias seria benéfico para o setor.

"Posso garantir que, no agregado, todos os setores serão beneficiados. Posso dizer todas as empresas? Não sei. Mas todos os setores com certeza sim e todos os subsetores do setor de serviços", declarou Appy.

Segundo Appy, além dos efeitos sobre o crescimento da economia, o aumento da renda das famílias é especialmente benéfico para o setor. "Quando a renda das famílias cresce 1%, a demanda por serviços prestados para as famílias cresce mais de 1%, pode crescer 1,5%, 2%", disse.

Sobre o Simples Nacional, Appy afirmou que não há risco para os empreendedores que aderem ao regime tributário para micro e pequenas empresas.

"A empresa do Simples ou fica como está ou vai ser beneficiada". De acordo com o secretário, as empresas do Simples vão poder optar por recolher, pelo regime, os tributos sobre lucro ou recolher os impostos pelo regime normal de débito e crédito, o que segundo ele seria mais favorável que o sistema tributário atual.

"Se ninguém quiser ceder nenhum centímetro na discussão atual, o Brasil não vai para lugar nenhum", declarou Appy.
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