A delegação brasileira garantiu mais sete pódios (um ouro, duas pratas e quatro bronzes) nesta sexta-feira (14) no Mundial de Atletismo Paralímpico, em Paris (França), e empatou com a líder China, ao totalizar 31 medalhas.
A velocista paraense Fernanda Yara, de 46 anos, faturou o único ouro do dia – e a primeira medalha dela em mundiais - na prova dos 400m da classe T47 (atletas amputadas de braço). A paraense completou a distância em 57s30, seu melhor índice na temporada. O pódio teve dobradinha brasileira: a potiguar Maria Clara Augusto, de 19 anos - caçula da equipe feminina e estreante em Mundiais - chegou em terceiro, com o tempo de 58s49 e ficou com o bronze. A chinesa Lu Li (58s13) assegurou a prata.Brasil empata com a China no total de medalhas em sexta-feira com sete pódios no Mundial de atletismo 🇫🇷.
Confira todos os resultados do dia: https://t.co/y5Bt790J8N#MundialDeAtletismo#Paris2023 pic.twitter.com/TWZbvMEZsl— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) July 14, 2023
"Estou no Movimento Paralímpico desde 2008, mas tive muitas dificuldades no começo. Antes de me tornar velocista, era corredora de rua. Mudei de cidade. Mas, depois que comecei a treinar no Centro de Treinamento Paralímpico, tive acesso àquela estrutura que me faz melhorar a cada dia mais", afirmou Fernanda Yara, velocista com má-formação congênita no braço esquerdo, abaixo do cotovelo, em depoimento à Confederação Paralímpica Brasileira (CPB).
O 🇧🇷 é imenso.
Fernanda Yara, do Pará , é 🥇 nos 400m (T47) -️-️-️
Maria Clara Augusto, caçulinha da delegação entre as mulheres (19 anos), potiguar de Natal, é 🥉.
É a quinta vez que temos um pódio duplo do Brasil neste Mundial de atletismo de Paris pic.twitter.com/vArIlcMe0r— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) July 14, 2023
Quem também debutou em grande estilo em Mundiais nesta sexta (14) foi a piauiense Antônia Keyla, de 28 anos, que faturou a prata na prova dos 1.500m da classe T20 (deficiência intelectual) e cravou o novo recorde das Américas com o tempo de 4min30s75. O índice anterior (4min28s66) era da norte-americana Kaitlin Bounds, obtido em 2017. O ouro ficou com a polonesa Barbara Bieganowska (4min28s66) e o bronze com a ucraniana Liudmyla Danylina (4min23s93).
"Não tem explicação. Demorei a chegar aqui. Essa medalha de prata é muito importante para mim, é a realização de um sonho. Por vários momentos da minha vida, pensei em parar. Mas eu continuei e hoje fui premiada por isso", comemorou Keyla, nascida na cidade de Água Branca (PI).
Essa vai para o Piauí.
Alô, Água Branca.
🤙💦🤍
Alô, Brasil.
🥈🇧🇷
Antônia Keyla é vice-campeão mundial nos 1.500m para deficientes intelectuais.
(Aliás, que baita foto do nosso fotógrafo Alexandre Schneider, hein?) pic.twitter.com/JxXBj1Bzoa— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) July 14, 2023
Também estreante na competição mundial, a amapaense Wanna Brito, de 27 anos, garantiu a prata com a marca de 6,80 m no arremesso de peso da classe F32 (paralisados cerebrais). A vencedora foi a ucraniana Anastasiia Moskalenko (7,50m) e a australianaRosemary Little (6,33) ficou em terceiro lugar.
"Essa medalha representa muito trabalho, suor, luta, treino. E muito choro. Não foi fácil, foi muito difícil conseguir essa medalha. Agradeço aos meus técnicos, ao CPB, e à equipe toda", disse a atleta nascida em Macapá.
E esta prata aqui?
🫸🥈🫷
Wanna Brito, estreante em Mundiais, de Macapá para o mundo.
🌎🇧🇷💫
Prata no arremesso de peso para paralisados cerebrais (F32).
🥹😭❤️"
Mais um talento do Brasil que vai <muito> longe ainda neste movimento paralímpico.
"🥇🌍 pic.twitter.com/MNIyW3QTZi— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) July 14, 2023
Nas provas de pista hoje foram três bronzes. O paranaense José Alexandre Martins, de 19 anos, chegou em terceiro lugar nos 400m T47 (amputados de braço), ao cruzar a linha de chagada em 49s00. O ouro ficou com o marroquino Ayoub Sadni (46s78) e a prata com o norte-americano Tanner Wright (48s95).
Também nos 400m, mas na classe T37 (paralisados cerebrais), quem levou o bronze foi o maranhense Bartolomeu Silva, de 22 anos, como tempo de 53,94. O ucraniano Yaroslav Okapinskyi (52s23) chegou em primeiro lugar e em segundo ficou o polonês Michal Kotkowsi (52s62).
É BRONZE PRO BRASIL! 🥉🇧🇷
Bartolomeu Silva, o nosso Passarin, conquistou sua 1⁰ medalha em mundiais, um bronze nos 400m T37. Parabéns! 💛💚#MundialDeAtletismo#Paris2023 pic.twitter.com/pwrSQoGHhO— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) July 14, 2023
O último brasileiro a subir ao pódio hoje foi Ariosvaldo Fernandes, também conhecido como Parré, terceiro colocado na prova dos 100m da classe T53 (atletas que competem em cadeiras de rodas). O paraibano de 46 anos completou a distância em 14s91. O ouro ficou com o tailandês Pongsakorn Paeyo (14s51), de 26 anos, e a prata com o saudita saudita Adbulrahman Alqurashi (14s84), de 25 anos.
"Final é final. Tive um pequeno erro no percurso da prova e isso me custou a medalha de prata. Sabia que iria ser uma prova muito complicada. Mas estou feliz pelo bronze, que tem um gostinho de ouro. É um trabalho e um esforço muito grande para estar aqui. Agora vamos nos dedicar para voltar ano que vem em Paris", afirmou.
Tá bom de medalha por hoje?
🥇🥈🥉
Tá bom.
🥇🥈🥈🥉🥉🥉🥉
Mas cabe mais.
Então toma mais uma.
🥉🧑🦽
Ariosvaldo Silva, o Parré.
Bronze nos 100m da classe T53 (cadeirantes).
A chegada foi eletrizante. O Parré está ali na raia três. "👀" pic.twitter.com/bJtcbWsT4T— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) July 14, 2023
4h08 / 9h08 - Lançamento de disco F11 (final)