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Economia

Starbucks recebe segunda ordem de despejo em uma semana; dívida é de quase R$ 110 mil

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A Justiça determinou que a cafeteria saia do Minas Shopping, no bairro União, na Região Nordeste de Belo Horizonte, dentro de 15 dias. Loja da Starbucks no Minas Shopping, em Belo Horizonte

Starbucks Brasil/Divulgação

A Starbucks recebeu, nesta semana, a segunda ordem judicial de despejo por falta de pagamento de aluguéis em shoppings de Belo Horizonte. No dia 31 de outubro deste ano, a empresa SouthRock Capital – que controla a cafeteria no Brasil – entrou com pedido de recuperação judicial.

Desta vez, o juiz da 27ª Vara Cível, Cassio Azevedo Fontenelle, determinou que a cafeteria saia, no prazo máximo de 15 dias, da loja do Minas Shopping, no bairro União, na Região Nordeste da capital mineira.

A sentença é desta terça-feira (28) e o documento aponta uma dívida de R$ 109.804,49.

Fontenelle ainda mandou que os aluguéis atrasados, multas, penalidades contratuais, juros e honorários dos advogados do locador sejam pagos pela Starbucks.

O Minas Shopping informou que "não comenta ações em tramitação na Justiça".

O g1 Minas também contatou a SouthRock Capital e aguarda retorno.

Despejo da Starbucks do Boulevard Shopping

A loja da Starbucks no Boulevard Shopping, em Belo Horizonte

Starbucks Brasil/Divulgação

Nesta segunda-feira (27), o juiz Eduardo Veloso Lago, da 25ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, determinou o despejo da Starbucks da loja alugada no Boulevard Shopping, no bairro Santa Efigênia, na Região Centro-Sul de BH.

O motivo, segundo a ordem judicial, tammbém é a falta de pagamento de três meses de aluguel e, na decisão, Lago deu um prazo de 15 dias para a cafeteria desocupar o imóvel, a contar desta segunda-feira (27), data da expedição da sentença.

Recuperação judicial

A empresa SouthRock Capital entrou com pedido de recuperação judicial no dia 31 de outubro deste ano. A companhia comanda operações da Starbucks e a Eataly, via licenciamento e franquias, no Brasil.

O documento foi protocolado pelo escritório Thomaz Bastos, Waisberg, Kurzweil Advogados na 1º Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. A dívida registrada é de R$ 1,8 bilhão.

A companhia justificou o pedido por conta do: baixo grau de confiança; alta instabilidade no país; bem como a volatilidade da taxa de juros –mercado espera que Banco Central baixe a Selic a 12,25% ao ano nesta quarta-feira (1º) –; e constantes variações cambiais, "que desequilibram o mercado e atingem fortemente o empreendedor brasileiro".

Além disso, a crise econômica e o período da pandemia da Covid-19 derrubaram o lucro da empresa. Em 2020, a SouthRock teve uma queda de 95% nas vendas, além de seus parceiros comerciais ficarem inadimplentes (quando não conseguem arcar com as dívidas). Em 2021, a queda foi de 70%; 2022, 30%.

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